Os Estados Unidos continuam a instigar os seus países parceiros a impedir a utilização da tecnologia chinesa, nomeadamente as redes 5G da Huawei. Ainda este mês uma comitiva de oficiais norte-americanos esteve reunida com o governo britânico para alertar sobre os riscos da utilização da tecnologia da fabricante, suportado por um dossier com novas informações sobre consequências de eventual decisão de acordos com a empresa.

O certo é que Boris Johnson deu mesmo luz verde à Huawei para a construção da rede 5G em solo britânico, em antecipação ao Brexit marcado para o dia 31 de janeiro. Esta decisão acontece no calor da mais recente chamada de atenção de Michael Pompeo, o secretário de estado dos Estados Unidos, no último domingo, sobre a mesma: “O Reino Unido tem uma decisão importante sobre o 5G à sua frente e a verdade é que apenas as nações capazes de proteger os seus dados será soberana”, escreveu na sua conta do Twitter.

A decisão do acordo entre o Reino Unido e a Huawei poderá custar ao governo de Boris Johnson consequências diplomáticas com os Estados Unidos. Segundo avança o The Times, Donald Trump terá ameaçado o seu congénere britânico de um corte da partilha de informações de inteligência dado o risco. Além disso, está em causa o acordo entre as duas nações sobre o comércio livre, previsto ser assinado no final do ano.

A decisão final foi tomada hoje, depois de uma reunião com o Conselho de Segurança Nacional, levando o governo britânico a dar a luz verde à Huawei, mas impondo limitações para criar mecanismos para que as empresas de telecomunicações não fiquem dependentes de uma determinada empresa tecnológica. Da mesma forma que pode impedir a própria marca de aceder áreas cruciais da rede. As chamadas empresas de alto-risco, como é o caso da Huawei, além de serem excluídas dos núcleos sensíveis da rede, terão um máximo de 35% na participação nas partes de baixo risco, avança a Routers.

O Reino Unido acredita que uma proibição total da Huawei significaria que o território enfrentaria dificuldades a nível de desenvolvimento da rede 5G, indicando que possui os meios tecnológicos necessários para proteger o país de possíveis situações de espionagem. A decisão poderá manter o status quo do 5G no Reino Unido, uma vez que nenhuma operadora de telecomunicações britânica manifesta intenções de utilizar tecnologia fabricada pela Huawei no centro das suas redes móveis de quinta geração.

A Huawei já reagiu à decisão

Nota de redação: notícia atualizada com a confirmação oficial do governo britânico ao desenvolvimento da sua rede 5G pela Huawei.

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