No final de junho 4,5 milhões de portugueses usavam telefone fixo, mais 48,8 mil que no mesmo período do ano passado, um número que traduz um crescimento de 1,1% e que se associa principalmente ao crescimento continuado das ofertas em pacote, que agregam este serviço.
No entanto, o número de minutos falados em rede fixa continuam a diminuir. No segundo trimestre do ano caiu 11,4%, face ao mesmo período do ano passado e a maior queda foi mesmo nas chamadas fixo-fixo (16,2%). Em média cada português falou 37 minutos ao telefone fixo, menos 5 minutos do que há um ano.
As chamadas redes de nova geração (FTTH, redes de TV por cabo e redes móveis em local fixo) suportam a grande maioria dos acessos fixos (93%) e no último ano aumentaram o seu peso neste indicador. Os acessos analógicos, por seu lado, continuam a perder terreno - diminuíram 28,1% face ao trimestre homólogo e no final de junho já só representavam 3,9% do total.
Os dados compilados pela Anacom também mostram que a taxa de penetração dos acessos telefónicos principais se situava no final de junho em 51,8 acessos por 100 habitantes e que a taxa de penetração dos acessos instalados a pedido de clientes residenciais ascendia a 95,4 por 100 agregados domésticos privados. O número é menor (em 1,4 pontos percentuais) do que no trimestre homólogo, como explica a Anacom, por causa do aumento da estimativa anual de agregados domésticos privados do Instituto Nacional de Estatística.
O parque de acessos telefónicos principais atingiu 5,5 milhões de acessos equivalentes, mais 53,8 mil do que no trimestre homólogo, impulsionado pelo aumento dos acessos suportados em redes de fibra ótica e TV por cabo.
O primeiro semestre do ano fechou ainda com 1,9 milhões números geográficos portados e cerca de 19,3 mil outros números não geográficos também portados. Só nos primeiros seis meses do ano foram portados 23,6 mil números geográficos e 63 não geográficos, menos que há um ano, respetivamente 14,2% e 68,8%.
Por operadores, a liderança do mercado mantém-se na MEO, com 41,8% dos clientes de acesso fixo direto. Seguem-se a NOS, com 34,1%, a Vodafone com 21,0% e a NOWO com 2,5%. Face ao mesmo trimestre do ano passado, a MEO conseguiu segurar a quota que já tinha. NOWO e NOS perderam. A Vodafone aumentou, mas as diferenças são residuais.
As estatísticas trimestrais do regulador também atualizam dados em relação aos postos públicos. O número de postos públicos instalados no final de junho era de cerca de 8,5 mil, menos 27,9% do que em igual período do ano passado. Os minutos de conversação realizados a partir daí também diminuíram: 33,4% no último ano e 87,4% desde 2016, a refletir a banalização do uso de telemóvel e serviços suportados na internet.
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