No início da semana a Altice já tinha feito uma demonstração de uma videochamada entre dois pontos diferentes, o site 5G que mantém em Picoas, no edifício sede da operadora do MEO, e o Altice Arena, onde tem agora uma antena que vai ficar fixa no pavilhão de espetáculos que esta semana recebeu o Web Summit.

Mas, não há nada como experimentar diretamente, e para isso o SAPO TEK teve acesso a um Huawei Mate 20X 5G já com cartão 5G, cedido pela Altice, para comprovarmos na primeira pessoa os benefícios da velocidade e da baixa latência da rede de nova geração.

Entre as muitas conferências que acompanhámos, as entrevistas, conversas com startups e os participantes que realizámos nos últimos dias, aproveitámos também para tirar partido da velocidade do 5G, especialmente no Palco Central, onde usámos o smartphone para fazer uma videochamada com a equipa da Altice em Picoas.

A rapidez – quase imediatismo – da ligação da videochamada realizada através do Google Duo, e a partilha de imagens do palco do Web Summit de forma fluída, foram algumas das experiências realizadas. Na navegação online, em sites e mesmo na visualização de fotografias e vídeos em aplicações como o Instagram, o benefício do 5G não é muito evidente, mas foi na utilização do smartphone como hotspot que conseguimos uma vantagem adicional, apesar da rede Wi-Fi da conferência ter funcionado sempre de forma impecável.

Apesar da falta de tempo ainda fizemos uma passagem pelo Call of Duty mobile e Asfalt 9 – Legends, mas de forma limitada.

Os testes de velocidade durante o vídeo mostram um desempenho de 300 mbps de download, mas em algumas outras utilizações ultrapassámos os 500 mbps, mesmo assim ainda longe dos 1 Gbps ou 2 Gbps que já são possíveis com esta tecnologia se tivesse acesso a mais espectro disponibilizado pela Anacom. Neste caso, os dois arrays de antenas fixos, com espectro cedido pelo regulador para os testes, são de 60 MHz e não com os 100 MHz que permitiriam maior cobertura e também alcançar velocidades de débito mais elevadas.

Em qualquer dos casos, também podíamos ter usado o 4G+ mas há na maioria das aplicações um benefício de milissegundos, que pode ser difícil de medir ainda na primeira fase do 5G mas que vai ser mais evidente em aplicações mais exigentes no futuro, como a condução autónoma ou a ligação a equipamentos IoT.

A Altice tem vindo a demonstrar em vários testes o potencial do 5G mas para que o serviço seja disponibilizado comercialmente falta ainda que a Anacom avance com a atribuição de licenças que está agora prevista para abril de 2020.