No final do mês de agosto foi descoberto um buraco na cápsula Soyuz da Estação Espacial Internacional, que chegou a provocar uma fuga de oxigénio. A primeira hipótese avançada foi a colisão com um suposto micrometeorito, mas os resultados de uma investigação conduzida pela agência espacial russa Roscosmos indicaram que tinha existido mão humana.

As informações reunidas não deixavam dúvidas de que o buraco tinha sido resultado da utilização de uma broca. Colocaram-se assim duas hipóteses: a de um erro cometido por um técnico ainda em terra, na produção, ou sabotagem por alguém em órbita.

Buraco na Estação Espacial foi causado por “mão humana”
Buraco na Estação Espacial foi causado por “mão humana”
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Dmitry Rogozin, diretor-geral da Roscosmos, afirmou na altura que “existiram várias tentativas de perfuração” e que o buraco de dois milímetros de diâmetro - imediatamente tapado após ter sido descoberto - foi feito pelo lado de dentro. “Há vestígios do deslizamento da broca ao longo da superfície”, sublinhou.

As investigações ao sucedido por parte da agência russa continuaram, com a NASA a remeter-se ao silêncio. Até agora...

A agência espacial norte-americana publicou um comunicado a partir do seu site, onde indica que os dois lados vão aproveitar o lançamento da Russian Soyuz MS-10 em direção à ISS, com o astronauta Nick Hague e o cosmonauta Alexey Ovchinin a bordo, no próximo dia 11 de outubro, para se encontrarem e falarem pessoalmente.

O encontro entre Bridenstine e Rogozin acontece depois de os dois responsáveis já terem falado ao telefone a 12 de setembro último, informa ainda a NASA.

A agência espacial refere ainda que as investigações  feitas até agora indicam que o buraco não resultou de um defeito de fabrico, mas tal conclusão não significa necessariamente que foi criado de propósito ou com más intenções. “A NASA e a Roscosmos estão ambas a investigar o incidente para determinar a causa. O International Space Station Program tem planeado um passeio espacial em novembro para reunir mais informação”, refere.