A Anacom partilhou o relatório relativo às reclamações registadas durante 2021 feitas aos prestadores de serviços de comunicações. O regulador diz que foram feitas 128,5 mil reclamações escritas contra as operadoras, o que corresponde a mais 1,1 mil face a 2020, num aumento de 1%. A comunicações eletrónicas receberam 63% do total das queixas, num total de 80,7 mil casos. No entanto, as reclamações no sector baixaram 8% face a 2020, mas ainda superiores em mais 10,7 mil registados em 2019.

A NOS foi a operadora a registar a maior parte das reclamações em 2021, com 34% das queixas. Segue-se a MEO com 33%, a Vodafone com 29% e a NOWO com 4%. A NOS foi a que registou o maior número de reclamações por mil clientes, neste caso 10, quando a média do sector é 7, diz a Anacom. A Vodafone registou 7 e a MEO 6.

Quanto aos temas mais reclamados, o relatório diz que a faturação de serviços assume a liderança, com 26% das queixas no sector das comunicações eletrónicas. Entre eles as queixas de valores cobrados de forma indevida pela falta de concretização das condições acordadas ou por serviços não prestados ou consumos não realizados. A contratação de serviços registou 24% das queixas, tais como a ativação de serviços sem consentimento ou falhas nos serviços, com 21% do total.

No que diz respeito às principais queixas por prestador, a NOS registou mais reclamações sobre a contratação de serviços com 27%, sobretudo a ativação de serviços sem consentimento. A MEO e a Vodafone dominaram os problemas sobre a faturação de serviços, somando 29% para cada empresa. Já a NOWO foi a que mais reclamações acumulou sobre falhas em serviços, num total de 30%.

A Anacom disse ainda que as reclamações relativas ao atendimento ao cliente diminuíram em todos os operadores, exceto a MEO.

O regulador disse que as reclamações contra os serviços postais continuam a crescer, ponto verificado desde 2019. Houve um aumento de 20%, correspondendo a mais 8,1 reclamações em 2021, ou seja, um total de 47,8 mil queixas, correspondendo a 37% do total.  Os atrasos nas entregas das encomendas foram os principais motivos.