A Xerox anunciou que vai pôr um fim à tentativa de aquisição da HP, uma proposta de 33,5 mil milhões de dólares que tinha feito em novembro de 2019. A companhia norte-americana afirma que, devido à pandemia de COVID-19 que assola o mundo, está a reconsiderar as prioridades, optando por garantir a segurança dos colaboradores, clientes, parceiros e acionistas.

A empresa indica em comunicado à imprensa que, embora se sinta dececionada por não conseguir levar avante as suas intenções, as circunstâncias atuais levam-na a melhorar a resposta face à pandemia.

Não obstante, a Xerox volta a lembrar que a compra da HP seria uma situação mutuamente benéfica a nível financeiro e estratégico. “A recusa da HP em interagir de forma significante durante vários meses e as constantes táticas de atraso do processo são um desfavor aos seus acionistas que demonstraram o seu apoio perante a possível aquisição”, acrescenta a empresa.

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Em resposta, a HP volta a sublinhar, que é uma “empresa forte” com uma posição financeira estável que lhe permitirá “navegar por desafios inesperados à semelhança da pandemia global”. Anteriormente, Enrique Lores, CEO da empresa, terá afirmado que a HP se está a concentrar na resposta à COVID-19.

A decisão da Xerox põe assim fim a uma saga que fez alguma tinta correr. Em novembro de 2019, a empresa fez uma proposta de aquisição à HP no valor de 33,5 mil milhões de dólares. A empresa agora liderada por Enrique Lores rejeitou-a por unanimidade, afirmando que a mesma a subestimava significativamente e não servia os seus interesses.

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Ainda no mesmo mês, a empresa a cargo de John Visentin, decidiu fazer um ultimato à HP, onde indicava que, se não obtivesse uma resposta favorável, apresentaria o caso diretamente aos acionistas da empresa. A HP reiterou que a proposta que a "subestima significativamente”. A tecnológica deixou claro que considera “oportunista” a atuação “agressiva” da Xerox, uma vez que a empresa quer “forçar uma parceria” sem “fornecer informação suficiente”.