Numa altura em que a Tesla tem vindo a perder o vigor dos últimos anos, em parte pela forte concorrência nos automóveis elétricos, por outro as “distrações” de Elon Musk no início do ano na sua ligação ao Governo de Trump, a fabricante continua confiante que o magnata pode continuar a liderar com sucesso. Nesse sentido, a administração da Tesla propôs um prémio de compensação ao seu CEO no valor de 1 bilião de dólares, caso sejam cumpridos os objetivos para a próxima década.
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O incentivo monetário tem como objetivo captar o foco de Elon Musk no desenvolvimento de duas tecnologias que podem ser vitais para a Tesla: os robotaxis e os robots humanoides. São tecnologias de tendência nos próximos anos, os quais a empresa já mostrou a sua visão, sobretudo o robot Optimus. Este já foi “apanhado” a dançar, a dobrar roupa e a fazer as lides da casa. Já os robotáxis começaram os testes em junho, em Austin, no Texas, ainda que continuem a manter a vigilância humana presente no veículo.
As condições para entregar o prémio monetário a Elon Musk parecem bem claras: o magnata tem de fazer crescer a valorização da Tesla em oito vezes, ou seja, dos atuais 1,16 biliões para 7,5 biliões de dólares na próxima década. Além do prémio monetário, a administração aumentaria a sua quota de capacidade de voto que está neste momento nos 13%, avança a Reuters. Mais que um incentivo, Elon Musk vê-se agora mais pressionado a liderar a empresa para o sucesso, na sombra do crescimento das fabricantes chinesas tanto no desenvolvimento de automóveis elétricos como robots humanoides. A China começou mesmo a adotar os robots em força nas suas fábricas, desenvolvendo tecnologia avançada na sua adaptação no trabalho com os humanos.
A Reuters pediu a opinião de vários analistas sobre os objetivos definidos pela Tesla. Jay Woods da Freedom Capital Markets considera que o objetivo é muito difícil, mas se fosse acionista estaria contente de dar o incentivo necessário a Elon Musk para conseguir obter. Mas se o objetivo for alcançado, o magnata não é o único a faturar, todos ganham. Gadjo Sevilla da eMarketer diz que o prémio é excessivo e atrai críticas, sendo que os objetivos de valorização em oito vezes são ambiciosos e dificilmente obtidos. Considera que os objetivos procuram sobretudo captar o foco de Elon Musk na condução da empresa.
De um modo geral, os analistas acreditam que os objetivos e prémios propostos acabam por ser uma mensagem clara na confiança que ainda depositam no seu CEO para a condução da empresa na próxima década. “Isto é um lembrete de que o principal ativo da Tesla não são as suas fábricas ou baterias, mas a força gravitacional do mito de Musk, e a administração parece determinada a garantir que o mito se mantém bem compensado”, aponta Michael Ashley Schulman, da Running Point Capital Advisors.
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