O lançamento da PlayStation 5 em novembro de 2020 foi assombrada pelas limitações de stock causadas pelas medidas de confinamento no combate à pandemia de COVID-19. Desde então, a Sony nunca foi capaz de assegurar unidades suficientes para a grande procura, fazendo disparar o mercado paralelo com vendas inflacionadas, mesmo depois da época natalícia e muitos interessados na consola continuam sem conseguir comprar.

Na mais recente partilha de resultados financeiros, relativos ao ano fiscal de 2020, que acabou no final de março, as consolas e videojogos continuaram a ser a área mais lucrativa para a Sony. No total, já vendeu 7,8 milhões de PlayStation 5, das quais 3,3 milhões no seu último trimestre. Mas apesar dos números até serem um recorde para a tecnológica nipónica, as limitações de stock da PlayStation 5 vão continuar até ao próximo ano, avisou a Sony a um grupo de analistas, num encontro privado, avança a Bloomberg.

Isso não significa que a consola se mantenha esgotada ao longo do ano, mas dificilmente irá ser suficiente para a grande procura. A Sony terá dito que durante o corrente ano fiscal, que começou no dia 1 de abril, espera vender pelo menos 14,8 milhões de unidades, o que será um desafio, pois a empresa não tem ainda uma ideia de quando os stocks dos componentes vão normalizar.

No seu briefing, Hiroki Totoki, CFO da Sony, deixou a sua opinião de que a procura não vai baixar este ano. E mesmo que consigam ter acesso a mais matéria-prima e produzam mais unidades de PS5 no próximo ano, os stocks não vão chegar para a grande procura da consola. Essas projeções são baseadas nas mais de 100 milhões de unidades de PlayStation 4 vendidas ao longo dos anos.

A Sony pretende manter a PS4 ativa para alimentar a comunidade, pelo menos nos próximos dois anos, até 2022. Segundo Jim Ryan, CEO da Sony Interactive Entertainment, os exclusivos continuam a ser muito importantes para as suas plataformas, com certos jogos apenas disponíveis nas mesmas. E para suportar as grandes produções, a Sony confia nos seus estúdios internos que ajudaram a tornar a PS4 tão popular.

De recordar que o pessimismo quanto à retoma da normalidade no acesso aos semicondutores estende-se a outros sectores da indústria tecnológica. O CEO da Nokia afirmou que a “luta” pelos semicondutores vai arrastar-se até 2023. O líder da Nokia vê as suas contas complicarem-se no desenvolvimento do 5G, pois tal como a sua rival Ericsson, depende igualmente dos semicondutores nas redes de telecomunicações. E mesmo com o esforço das fabricantes de componentes em aumentar as suas linhas de fabrico, até para esse "upgrade" é necessário elementos que estão em falta no mercado.

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