Quase metade das PME (47%) tem como principal prioridade de investimento em tecnologia, durante os próximos dois anos, o reforço dos seus canais digitais para otimizar a produtividade dos colaboradores e os processos empresariais.

As conclusões são de um estudo da Frost & Sullivan para a Avaya, onde se sublinha que só a adopção de tecnologias avançadas vai permitir às organizações tornarem-se mais resilientes e ágeis e, por consequência, mais capazes de resistirem a cenários inesperados e onde se desta a importância da cloud neste contexto.

A mesma pesquisa evidencia que para 35% das organizações um dos desafios mais importantes do momento é permitir o acesso remoto dos colaboradores a dados e aplicações e fornecer apoio à utilização das tecnologias usadas em ambiente remoto.

Na verdade, a esmagadora maioria das empresas inquiridas na pesquisa, que visou o mercado das PME (83%), está convicta que o trabalho remoto veio para ficar e que no futuro mais de um quarto dos seus colaboradores vão trabalhar em permanência de forma remota, sendo que 35% têm mesmo intenção de reduzir o espaço físico da empresa para o adequar a essa nova realidade.

Apenas 30% das empresas portuguesas aumentaram o acesso remoto ao mail aos seus colaboradores em 2020
Apenas 30% das empresas portuguesas aumentaram o acesso remoto ao mail aos seus colaboradores em 2020
Ver artigo

As soluções cloud são a receita apontada para trilhar um caminho de sucesso, rumo aos desafios que se avizinham para reter um talento que tem novas motivações e uma concorrência cada vez mais dinâmica, mas constata-se que, para muitas empresas, ainda há um longo caminho a percorrer até poderem tirar benefícios desse potencial.

A Avaya recorda que na Europa, e segundo dados do Eurostat, 35% das PME já usavam serviços cloud. A empresa cita ainda os dados de outro estudo, da Flexera, para relembrar que 63% das PME ainda usam servidores internos.

“As futuras organizações serão distribuídas e descentralizadas”, sublinham os autores da pesquisa. “A migração para a nuvem posicionou-se como um grande facilitador da transformação empresarial e do futuro do trabalho, poupando custos, implantando novas funções e capacidades rapidamente, prestando os mesmos serviços onde quer que o trabalhador esteja, e reduzindo a carga sobre o pessoal de TI”, acrescenta a mesma fonte.

Em Portugal, o ano que passou marcou um ponto de viragem, com a maior fatia da despesa em tecnologias de informação feita pelas empresas a concentrar-se na cloud, de acordo com dados apurados pela IDC. O Software as a Service (SaaS) foi a área em maior destaque, mas a marca também foi atingida com contributo de Infrastructure as a Service (IaaS) e Platform as a Service (PaaS).