Segundo dados da IDC, o mercado global de wearables registou a sua primeira quebra de sempre durante o primeiro trimestre de 2022. No total, foram distribuídos 105,3 milhões de unidades, representando uma queda de 3% face ao mesmo período homólogo do ano passado. A analista aponta as quebras ao facto de os consumidores estarem a investir em outros produtos que não wearables, num segmento que tem vindo a crescer exponencialmente nos últimos anos e que foi amplificado durante a pandemia.

Apesar da queda geral do segmento, nem todas as categorias caíram, uma vez que os smartwatches continuam a ser muito procurados, e neste caso houve um crescimento sólido. A IDC diz que os equipamentos auriculares caíram 0,6%, igualmente resultado do boom da procura nos anteriores trimestres. As pulseiras inteligentes caíram 40,5%, equipamentos que foram pioneiros do segmento dos wearables. A IDC justifica a quebra pela fraca procura e também as limitações de stock.

Por contraste, os smartwatches cresceram 9,1% durante o primeiro trimestre, assumindo agora 28% da quota do mercado global dos wearables. A IDC afirma que as pessoas estão cada vez mais preocupadas com a sua saúde e como a abertura de opções de preços, há praticamente um smartwatch para cada um, o que justifica o desinteresse geral pelas pulseiras inteligentes. Os equipamentos da Samsung e Google tornaram-se também mais competitivos à Apple.

Relativamente às marcas que mais venderam equipamentos, a Apple assume o primeiro lugar, com um crescimento de 6,6% face ao mesmo período do ano passado. O Apple Watch 7 e o Apple Watch SE, segundo Francisco Jerónimo, vice-presidente associado da IDC, foram os dois equipamentos mais vendidos do trimestre.

O Apple Watch SE, um smartwatch com quase dois anos no mercado, ainda foi responsável por 2 milhões de unidades distribuídas. A Apple soma assim 51,2% das vendas de smartwatches no trimestre, segundo o analista. Nos wearables em geral, a Apple colocou nas lojas 32,1 milhões de unidades e assume 30,5% da quota.

A Samsung mantém-se no segundo lugar nas unidades distribuídas de wearables no trimestre, mas a IDC refere a sua quebra de 10% face ao ano anterior. A especialista diz que a fabricante depende do lançamento das fortes vendas de smartphones para distribuir os seus wearables em bundle, sobretudo auriculares. Nem a Apple ou a Samsung ficaram imunes ao crescimento das marcas com produtos com preços baixos.

Os modelos Galaxy Watch 4 continuam muito populares, representando um crescimento de 32,7% no trimestre, com a versão Standard e Classic a ocuparem o terceiro e quarto lugar do Top 5, segundo Francisco Jerónimo, conferindo à fabricante coreana 18,9% das vendas no trimestre. No total, a Samsung colocou 10,9 milhões de wearables nas lojas e obteve 10,3% da quota do mercado.

A Xiaomi também registou quebras nos wearables, mas devido ao segmento de pulseiras inteligentes. Nos smartwatches e auriculares continua firme, mantendo a sua estratégia de oferecer produtos a baixo preço, mas com qualidade. A empresa colocou 9,8 milhões de unidades nas lojas, obtendo 9,3% da quota do mercado no trimestre.

Já a Huawei, que manteve o quarto lugar, teve uma quebra de 10,8% na distribuição. A empresa continua muito focada no mercado chinês e a guerra na Ucrânia fez mossa nas suas operações do mercado europeu. A fabricante chinesa distribuiu 7,7 milhões de unidades nas lojas, mantendo uma quota de 7,3% no período analisado.

Por fim, na análise do Top 5, a Imagine Marketing garantiu o último lugar das empresas que mais vendem wearables, graças à sua presença no mercado da Índia. No entanto, a IDC salienta que o mercado está a dar sinais de saturação, resultando na quebra de 3,8% nos auriculares, mas ganho presença na categoria de smartwatches. A empresa distribuiu 3,2 milhões de unidades e 3% da quota do mercado.

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