No final do ano passado existiam na Europa e na América do Norte 120,5 milhões de casas inteligentes, de acordo com dados apurados pela Berg Insight. Na Europa foram contabilizadas 63,1 milhões de smart homes, um número que deverá crescer até aos 112,8 milhões em 2027, para uma penetração de 47%, mas é na América do Norte que este mercado mais tem crescido.

Na região, 39,2% das residências têm pelo menos um sistema ou produto inteligente, para um total de 57,5 milhões de casas com tecnologia deste tipo, mais 12% que no ano anterior. Espera-se que o crescimento deste indicador continue acelerado nos próximos anos. Em 2027, a Berg estima que 88,1 milhões de casas na América do Norte tenham já, pelo menos, um dispositivo ou sistema de smart home, aumentando a penetração dessas tecnologias para 58%.

Os produtos mais populares nas casas inteligentes são os termostatos, candeeiros e câmaras de segurança inteligentes, mas também sistemas de fecho de portas, tomadas e colunas inteligentes.

Entre as marcas de produtos para a casa inteligente que mais vendem, a Berg Insight destaca a Signify, Resideo, Danfoss, Belkin, Chamberlain e Assa Abloy. Já no que se refere a sistemas integrados de gestão inteligente da casa, o mercado é dominado por empresas especialistas em automação, operadores de telecomunicações e empresas de segurança. Na Europa, os fabricantes mais relevantes neste domínio são a eQ-3, Centrica, Verisure e Somfy.

No final do ano passado, estima-se que a base instalada deste tipo de sistemas integrados na Europa rondasse os 26,5 milhões e na América do Norte os 35,7 milhões.

Berg Insight - Smart Homes
créditos: Berg Insight

A Berg Insight antecipa que, de um modo geral, o mercado de smart homes continue a crescer, à medida que mais utilizadores começam a compreender as vantagens dos produtos e sistemas conectados. Um dos motivos de interesse pelas soluções de gestão inteligente da casa é, por exemplo, o aumento dos preços da eletricidade e a necessidade de fazer uma gestão mais otimizada dos equipamentos e sistemas que a consomem.

Para esta curva ascendente de adopção de soluções para a casa inteligente contribuem outros fatores, como a chegada de novos produtos e serviços ao mercado, mas também de normas que facilitam a configuração e controlo de dispositivos de diferentes fabricantes. “O novo standard Matter vai tornar-se provavelmente num driver para uma adoção massiva de dispositivos para a casa inteligente já nos próximos anos”, admite Martin Backman, analista principal da Berg Insight.

Outras iniciativas para a harmonização de formatos, como a Home Connectivity Alliance, que traduz uma colaboração da indústria nesse sentido, também devem ter um impacto positivo no crescimento do mercado, antecipa ainda a consultora.