Um inquérito foi tutelado pelo Ministério Público de Santarém e a operação da Polícia Judiciária levou à detenção de "9 indivíduos, 6 mulheres 3 homens, presumíveis autores de dezenas de crimes de burla informática agravada, falsidade informática e acesso ilegítimo", refere a PJ em comunicado. As fraudes terão atingido os 170 mil euros, mas o valor pode ainda aumentar com a continuação da investigação.

A estratégia da Operação “No€Way” "visou a localização e agrupamento das várias participações que se encontravam dispersas por várias comarcas do país", indica a PJ, referindo que desta forma se demonstrou a "atividade delituosa reiterada e organizada". Segundo a polícia, os autores dos crimes levaram a cabo múltiplas ações criminosas, com impacto em várias vítimas.

As fraudes com recurso à aplicação de pagamentos instantâneos da SIBS têm vindo a crescer, como dá conta o relatório que o Centro Nacional de Cibersegurança divulgou ontem.

Ainda no início do mês a PJ tinha detido 17 suspeitos que terão feito mais de mil vítimas com os esquemas fraudulentos.

Os detidos na operação  “No€Way” vão ser presentes a primeiro interrogatório judicial, para aplicação da medida a coação considerada adequada.

A Polícia Judiciária deixa ainda vários alertas para os utilizadores não serem afetados nestas burlas:

  • Nunca forneça a ninguém o código de ativação ou pin de acesso à aplicação MbWay;
  • Tenha atenção redobrada perante a abordagem de estranhos que queiram pagar por MbWay;
  • Nunca adicione um número de telefone estranho à sua conta bancária;
  • Nunca instale esta aplicação sob a orientação de estranhos;
  • O número de telefone dá acesso direto à movimentação da sua conta;
  • Se tem dúvidas consulte o seu banco;
  • Informe-se antes de aderir. Duvide, pergunte, confirme e só depois adira.

Nota da redação: A notícia foi atualizada com mais informação. Última atualização 13h45