Donald Trump decidiu manter o estatuto da Huawei e ZTE como empresas que representam um perigo para a segurança nacional dos Estados Unidos e assinou uma extensão, por mais um ano, sobre a proibição das empresas americanas fazerem negócios com as empresas chinesas, nomeadamente utilizar os seus equipamentos de telecomunicações. Mantém-se assim a presença na lista negra, a Entity List do Departamento de Comércio, avança a Reuters, ainda que tudo aponte para mais um prolongamento da licença temporária para fazer negócio com as empresas licenciadas já esta sexta-feira, que é quando acaba o regime de exceção.

A extensão da licença, que acaba 15 de maio (marcando um ano desde a primeira imposição) permite às empresas americanas continuarem a fazer negócio com a Huawei. Os vários adiamentos de uma resolução final prendem-se com a necessidade do Departamento de Comércio americano medir o impacto e os custos nas empresas e organizações que usam tecnologia da fabricante chinesa, quando a licença expirar. "Já existem problemas suficientes com serviços de telefone nas comunidades rurais - não queremos deitá-las abaixo. Por isso, um dos principais propósitos das licenças temporárias é permitir que estes continuem a operar", referiu Wilbur Ross, o secretário do comércio dos Estados Unidos, na altura.

De relembrar que os Estados Unidos estão a definir um novo conjunto de regras que permitirá às empresas norte-americanas colaborar com a Huawei na definição de padrões para o 5G. O documento precisará ainda da “luz verde” de outras agências do Governo e, para já, não há uma data certa em relação à aprovação final. Ao que tudo indica, a regulamentação aplicar-se-á apenas à Huawei e não às restantes empresas que fazem parte da “lista negra” do Governo de Donald Trump.

O Executivo ainda não confirmou a decisão do Departamento do Comércio, mas uma fonte oficial indicou à Reuters que os Estados Unidos estão a tentar encontrar uma forma de equilibrar a definição de padrões para o desenvolvimento do 5G com as prioridades no que toca à segurança nacional.

Prologando-se a decisão de manter as fabricantes chinesas na lista negra, significa que a Huawei não poderá atualizar os seus mais recentes smartphones, como o Mate 20 e o P40 com o Google Services, assim como os modelos que lançar este ano. Algumas empresas já pediram licença para continuar a manter negócios com a Huawei, como a Microsoft, mas a Google não o fez, o que obriga a empresa chinesa a recorrer à versão aberta do Android.

Continua sem data a reunião entre o presidente dos Estados Unidos e a administração da Huawei para resolver definitivamente esta crise. Já foram adiadas várias reuniões, uma a 11 de fevereiro, outra a 11 de março, não tendo sido avançada mais nenhuma data para o encontro, também devido à crise de saúde provocada pela pandemia de COVID-19.

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