O preço da Bitcoin valorizou-se para 72.385 dólares nas negociações do início da tarde em Londres.

A criptomoeda já tinha batido vários recordes na semana passada, esmagando o máximo de 68.991 dólares de novembro de 2021.

O novo recorde de hoje ocorre "num cenário de enfraquecimento do dólar norte-americano após terem sido conhecidos, na sexta-feira, dados sobre o emprego dos EUA" que apontam para uma tendência mista, explica James Harte, analista da Tickmill.

A taxa de desemprego nos EUA subiu em fevereiro para 3,9%, o seu nível mais elevado desde janeiro de 2022.

O aumento das expectativas de cortes nas taxas dos EUA está enfraquecer o dólar e os rendimentos dos títulos do Tesouro norte-americanos a 10 anos, tornando a Bitcoin mais atrativa para os investidores, diz Neil Wilson, analista da Finalto.

Apesar de as perspetivas económicas para os Estados Unidos se manterem globalmente favoráveis é possível que o mercado esteja "preocupado com a forma como a dívida continua a acumular-se, em particular nos Estados Unidos", o que leva o país a recorrer a ativos alternativos como o ouro, que atingiu um novo máximo histórico na sexta-feira, ao cotar-se a 2.195 dólares, ou mesmo a Bitcoin, assegura Russ Mould, da AJ Bell, entrevistado pela AFP.

O valor da Bitcoin subiu quase 70% desde o início deste ano, uma recuperação espetacular, depois do colapso de vários gigantes do setor no final de 2022.