O sistema informático do Sistema Nacional de Saúde (SNS) esteve com falhas desde esta quarta-feira, ficando mesmo operacional em vários hospitais e centros de saúde durante a madrugada. Segundo uma notícia avançada pela SIC Notícias, os médicos ficaram sem acesso ao processo clínico dos doentes, uma situação que impede tarefas como a realização de exames ou a emissão de prescrições médicas e que pode colocar em risco consultas e cirurgias.

Os serviços partilhados do Ministério da Saúde confirmam entretanto à estação de televisão os constrangimentos em sistemas de comunicação dos centros de saúde e hospitais. Foi também indicado que as equipas técnicas estão já a tentar resolver a situação e que tudo deve estar normalizado durante a manhã.

A mesma fonte explicou que já foi feita uma atualização no software que provocou a instabilidade na rede e que o serviço informático em causa é fornecido pela NOS.

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Quando a situação foi identificada, a Federação Nacional dos Médicos terá dado indicação aos médicos para avançarem com escusas de responsabilidade, caso o problema não se resolvesse. Joana Bordalo e Sá, presidente da FNAM,  confirmou ao início da manhã à SIC Notícias que, "em alguns sítios", o sistema informático do SNS ainda estava "totalmente em baixo". 

A responsável diz que há uma "falta de investimento sério em sistemas digitais, que coloca em risco o trabalho não só de médicos e de todos os profissionais de saúde, mas, acima de tudo, a segurança dos doentes". A recomendação para o pedido de escusa é feita porque a organização considera que os médicos não podem ser responsabilizados por "falhas que resultam por inoperância governativa".

Este mês já tinha sido notícia uma falha informática que comprometeu o funcionamento normal dos serviços do hospital Beatriz Ângelo, em Loures, e obrigou a desviar doentes não críticos para outros hospitais. O problema afetou atos programados, como consultas e cirurgias e obrigou o hospital a ativar o plano de contingência.

Nota de redação [10:21]: Notícia atualizada com comentários dos Serviços Partilhados da Saúde sobre a falha e previsões de resolução.