Desde 31 de julho que a Starlink está a disponibilizar o seu serviço de comunicações “direct-to-cell”, ou seja, os equipamentos compatíveis passam a ter acesso omnipresente a mensagens de texto, chamadas e navegação online onde quer que esteja. O objetivo é eliminar as zonas mortas dos serviços móveis em todos os continentes do globo. Além dos smartphones, o serviço “direct-to-cell” vai ligar equipamentos IoT com padrões LTE comuns. 

Infelizmente o serviço ainda só está disponível em alguns países, fora da União Europeia. Segundo a página oficial da Starlink, o serviço será gratuito para utilizadores com planos de telecomunicações assinados com os parceiros globais da empresa.

Considerando que a tecnologia foi construída numa fase inicial com a T-Mobile, os Estados Unidos foram os primeiros a receber o serviço. Outros países espalhados pelo mundo também já têm parcerias com acesso ao serviço. A Aptus e a Telstra na Austrália, a Rogers no Canadá, One NZ na Nova Zelândia, o KDDI do Japão, o Salt na Suíça, Entel no Chile e no Peru e o KYIVSTAR na Ucrânia. 

Starlink direct-to-cell
Starlink direct-to-cell

Mas então e a União Europeia? Como TEK Notícias já tinha reportado anteriormente, segundo a ANACOM, a tecnologia para o efeito já existe e “dependerá das ofertas comerciais que os operadores de serviços de comunicações via satélite entendam disponibilizar no mercado português”. Ainda assim, na Europa ainda estão a ser discutidas as regras para a prestação de serviços de satélite direto para equipamentos. 

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Na Europa, são apontadas algumas questões técnicas, associadas a “interferências em zonas transfronteiriças poderão ser mais difíceis de endereçar do que acontece nos EUA, dado o grande número de países e respetivas fronteiras”. Nesse sentido, como ainda está a ser desenvolvido uma abordagem regulamentar europeia, Portugal continua a aguardar os resultados para adotar os regulamentos para a prestação de serviços D2D. Ainda assim, como referido, a Suíça e a Ucrânia são os primeiros países da Europa a receber os serviços, mas não pertencem à União Europeia, logo não estão dependentes das decisões a serem tomadas. 

São muitos os smartphones que já suportam o serviço da Starlink, estando assim preparados para quando o serviço chegar ao nosso país. O website brasileiro TNH1 compilou uma lista de equipamentos compatíveis. Veja todos os modelos:

Apple iPhone
iPhone 13
iPhone 14, 14 Plus, 14 Pro, 14 Pro Max
iPhone 15, 15 Plus, 15 Pro, 15 Pro Max
iPhone 16, 16 Plus, 16 Pro, 16 Pro Max

Google (Pixel 9 Series)
Pixel 9, Pixel 9a
Pixel 9 Pro, Pixel 9 Pro XL, Pixel 9 Pro Fold

Motorola
Motorola (modelos de 2024 e 2025)
Moto razr 2025, razr+ 2025, razr Ultra 2025
Moto edge 2025
Moto g 5G 2025, G power 5G 2025, G stylus 5G 2024, G power 5G 2024

Samsung
Série Galaxy A: A14, A15 5G, A16 5G SE, A25 SE, A35, A36 SE, A53, A54, A56 5G SE
Séries Galaxy S: S21 (todas as variantes), S22, S23, S24, S25 (incluindo FE, Plus, Ultra e Edge onde aplicável)
Série dobrável Z: Z Flip3, Flip4, Flip5, Flip6, Flip7; Z Fold3, Fold4, Fold5, Fold6, Fold7
Galaxy XCover6 Pro e XCover7 Pro (algumas variantes)

T-Mobile
T-Mobile REVVL 7 5G
T-Mobile REVVL 7 Pro 5G

A empresa explica que os satélites Starlink com capacidade “direct-to-cell” têm um modem eNodeB avançado integrado, que funciona como uma torre de telemóvel no espaço, permitindo integração de rede semelhante a um qualquer parceiro de roaming normal. O sistema funciona com telemóveis LTE existentes onde quer que se possa ver o céu. Neste caso, não são necessárias alterações no hardware, firmware ou aplicações especiais, oferecendo acesso contínuo a texto, voz e dados pelos respectivos operadores parceiros da Starlink.