São muitos os consumidores que recorrem às reviews online antes de fazerem uma nova compra. Porém, como demonstra uma nova análise levada a cabo pela Consumer Protection Cooperation Network (CPC) e pela Comissão Europeia, quase dois terços das lojas online, marketplaces, plataformas de reservas e motores de buscas analisados levantam dúvidas quanto à veracidade das suas reviews.
Como explica a Comissão Europeia, as autoridades de 26 Estados-Membros, assim como da Islândia e Noruega, analisaram um total de 223 websites. Em 144 deles não foi possível confirmar se os vendedores estavam a tomar medidas suficientes para assegurar que as reviews publicadas por utilizadores eram autênticas.
Bruxelas indica que 104 dos websites analisados não informavam os consumidores acerca da forma como as reviews eram recolhidas e processadas. Ao todo, apenas 84 websites tornavam essa informação acessível na própria página das avaliações enquanto os restantes mencionavam-na de forma muito menos percetível, por exemplo, nos seus termos e condições.
118 websites não continham informação acerca dos processos utilizados para prevenir reviews falsas. A Comissão Europeia refere que, nestes casos, os consumidores não têm forma de verificar se as avaliações foram mesmo escritas por outros utilizadores que experimentaram os produtos ou serviços.
Além disso, 176 websites não mencionam que as reviews pagas são proibidas nas suas políticas internas, ou, se não o são, não indicam como as mesmas são diferenciadas das restantes avaliações deixadas por utilizadores.
As autoridades de proteção dos consumidores concluíram que, pelo menos, 55% dos websites analisados violam potencialmente as regras da União Europeia, nomeadamente a Diretiva de práticas comerciais desleais (2005/29/CE), que indica que deve ser apresentada aos consumidores informação verídica, de modo a que possam fazer escolhas informadas.
As autoridades nacionais vão agora contactar as entidades responsáveis pelos websites em questão para que sejam feitas mudanças. A Comissão Europeia enfatiza que vai continuar a trabalhar em conjunto com a CPC, prestando suporte às autoridades nacionais nas suas operações.
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