Foram partilhados os mapas da progressão das infeções por COVID-19 desta semana pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC, na sigla em inglês). A situação pandémica em Portugal mantém-se inalterada face à semana passada, com o país a ser pintando mais uma vez de vermelho escuro, a cor que corresponde à existência de mais de 300 casos positivos de COVID-19 por 100 mil habitantes.
A Espanha e a França que na semana passada também estavam no vermelho, registaram melhorias, apresentando-se no laranja, o nível que regista entre 100 a 300 casos positivos por 100 mil habitantes. A Itália também está a vermelho escuro, situação que, tal como Portugal se mantém nas últimas semanas.
Veja na galeria os mapas da COVID-19:
Nos mais recentes dados da Direção-Geral da Saúde, Portugal registou um total de 988.307 casos de infeções de COVID-19 nos meses de abril (288.059) e maio (700.248), o que representa 21% do total de casos no país desde o início da pandemia (4.717.243). Relativamente ao número de mortes, nos últimos 60 dias foram registados 1.455 óbitos, correspondente a 6% desde o início do primeiro registo, contabilizando 23.150 vítimas da doença.
Os especialistas continuam a apontar o fim da obrigatoriedade do uso de máscara, desde 21 de abril, como a principal causa do agravamento desta sexta vaga. A nova variante do Ómicron da COVID-19 é também um motivo do aumento dos casos. A variante BA.5 tem maior capacidade de transmissão e esta semana é responsável por cerca de 87% das confirmações de infeção em Portugal, segundo o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).
Os especialistas afirmam que a nova vaga já atingiu o pico, prevendo-se que o número de casos comece a cair a partir de meados de junho.
O mês de maio foi pior que o mesmo período homólogo do ano passado. Em maio de 2021, considerando que apenas 2 milhões de cidadãos tinham a vacina completa em Portugal, registaram-se 12.600 casos de contágio e 51 mortes. Em 2022, no mês de maio registou-se mais de 700 mil casos de infeção e 863 óbitos, numa média de 27,8 mortes por dia.
Portugal registou na passada terça-feira cerca de 40 mortes por Covid-19, no mais recente boletim da DGS, sendo este o número mais alto desde meados de fevereiro, ou seja, dos últimos quase quatro meses.
Também a pressão hospitalar foi em maio deste ano maior do que no mês homólogo, com os últimos dados oficiais disponíveis a indicarem 1.842 internados e 99 doentes em cuidados intensivos a 23 de maio de 2022, quando no mesmo dia de 2021 estavam hospitalizadas 220 pessoas, das quais 58 em medicina intensiva.
Apesar de o índice de transmissibilidade (Rt) do coronavírus estar a baixar, a DGS e o INSA alertaram, na última sexta-feira, que a epidemia de COVID-19 mantém uma incidência muito elevada, com tendência a crescer, esperando-se o aumento da procura de cuidados de saúde e da mortalidade, em especial nos grupos mais vulneráveis.
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