Um jovem de 18 anos foi hoje detido pela Polícia Judiciária, que diz ter impedido assim uma “ação terrorista” e ter apreendido várias armas proibidas, anunciou a instituição. Em comunicado com o título “Impedida ação terrorista”, a PJ diz que a investigação que levou à detenção foi desencadeada “por suspeitas de atentado dirigido a estudantes universitários da Universidade de Lisboa”, mais concretamente na Faculdade de Ciências. O atentado estaria planeado para acontecer amanhã.

Através da Unidade Nacional Contraterrorismo (UNCT), a PJ encetou hoje a operação, cumprindo mandados de busca domiciliária.
“Face à gravidade das suspeitas, foi atribuída a máxima prioridade à investigação, a qual permitiria, no dia hoje, às primeiras horas do dia, interromper a atividade criminosa em curso”, detalha.

Segundo a PJ, foram apreendidos “vastos elementos de prova, que confirmariam as suspeitas iniciais”. A CNN Portugal avança que o alerta chegou à PJ na última semana, através do FBI. "As autoridades norte-americanas, na monitorização que fazem da Internet em geral, das redes sociais e da dark web, como prevenção do fenómeno do terrorismo, detetaram conversas em chats nas quais intervinha o jovem português – onde este anunciava a intenção que tinha de cometer um atentado em Portugal", disse a publicação.

Além de armas proibidas foram apreendidos outros artigos, “suscetíveis de serem usados na prática de crimes violentos” e vasta documentação, “além um plano escrito com os detalhes da ação criminal a desencadear”. A CNN diz que o plano era atacar as pessoas de forma indiscriminada, tal como estava planeado ao pormenor pelo jovem português, por escrito, e visava cometer o maior número possível de homicídios sobre colegas universitários.

O arguido, detido em flagrante pela posse das armas, está também indiciado pela prática do crime de terrorismo. Será na sexta-feira presente a primeiro interrogatório judicial.