Kanye West está proibido de fazer publicações no Twitter e no Instagram. O artista viu as suas contas bloqueadas depois de ter feito declarações anti-semitas em ambas as plataformas e revelou agora estar interessado em adquirir a controversa rede social, Parler.

O negócio parece estar a desenrolar-se rapidamente - a empresa estima que o mesmo esteja oficialmente fechado antes do final do ano. Os valores, contudo, não foram revelados

"A proposta de aquisição vai permitir à Parler assegurar um papel importante na criação de um ecossistema incancelável, onde todas as vozes são bem vindas", disse, George Farmer, CEO da Parlement Technologies. "Num mundo onde as opiniões conservadores são consideradas controversas, temos de assegurar que mantemos o direito de nos expressarmos livremente", declarou Kanye.

A Parler foi recentemente readmitida na loja de aplicações da Google, depois de ter sido banida da mesma, em janeiro de 2021, logo após a invasão do Capitólio dos Estados Unidos. A gigante tecnológica justificou a remoção com a inexistência de políticas de moderação que visassem a remoção de conteúdo publicado com o intuito de incitar à violência". A Apple eliminou a aplicação das suas plataformas pela mesma razão, mas voltou a admiti-la no passado mês de maio.

A semana em que as redes sociais bloquearam Trump: Presidente tenta “escapar”, mas alternativas estão a ser suspensas
A semana em que as redes sociais bloquearam Trump: Presidente tenta “escapar”, mas alternativas estão a ser suspensas
Ver artigo

A Parler foi lançada em 2018, mas beneficiou do seu primeiro pico de popularidade logo após Donald Trump ter sido banido do Twitter. Em resposta, outros políticos republicanos afirmaram que se iam juntar à plataforma, uma vez que esta clamava ser a "rede social da liberdade de expressão" e permitia a divulgação de mensagens de qualquer índole.

A empresa e Kanye West estão a comunicar esta aquisição como sendo uma "benção" para a liberdade de expressão, mas importa notar que a divulgação de mensagens sexistas, anti-semitas ou racistas pode ditar uma nova suspensão da plataforma da App Store e da Google Play, limitando substancialmente o seu alcance e frustrando as intenções do rapper de manter um canal aberto que lhe permita dizer o que quiser, online.