A Meta reagiu às declarações do governador do Estado norte-americano do Texas, Greg Abbott, que divulgou que meia hora antes do massacre, Salvador Ramos, que acabou abatido pelas autoridades, tinha escrito no Facebook que ia disparar sobre a avó.

Poucos minutos depois, o atirador publicou uma outra mensagem em que dizia que já tinha disparado contra a avó, que ficou gravemente ferida, e, numa terceira mensagem, publicada quinze minutos antes do massacre na escola, indicava que estava a preparar-se para atacar uma escola.

Todas estas mensagens, segundo a Meta, terão sido enviadas de forma privada para outro utilizador, e, portanto, não visíveis para os restantes internautas ou para a própria empresa. O controle de conteúdos de ódio e racistas é uma das preocupações das redes sociais, que têm sistemas de deteção de conteúdos impróprios que têm sido apontados como ineficientes em alguns casos.

Estudo encontra ligação entre tweets racistas e crimes de ódio nos Estados Unidos
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"As mensagens que o governador Greg Abbott descreveu eram privadas, de usuário para usuário, e foram descobertas após a terrível tragédia. Estamos a cooperar estreitamente com a polícia na sua investigação", assegurou Andy Stone, porta-voz da Meta.

Pelo menos 21 pessoas, incluindo 19 crianças e dois adultos, morreram neste massacre, que aconteceu na terça-feira.

O autor, residente em Uvalde, entrou no estabelecimento de ensino com um revólver e possivelmente uma espingarda e abriu fogo, de acordo com o governador do Texas, Greg Abbott. O Presidente norte-americano, Joe Biden, ordenou que as bandeiras do país fossem colocadas a meia haste devido ao massacre.

O governador do Texas acrescentou que ainda não é conhecido o motivo pelo qual Salvador Ramos entrou na escola a abriu fogo contra alunos e professores.

O jovem de 18 anos, que não tinha antecedentes criminais nem histórico de problemas mentais, utilizou uma arma semiautomática AR15, referiu ainda.

As reações sucedem-se perante o massacre com mais vítimas mortais nos Estados Unidos este ano e ocorreu dez dias depois de dez pessoas terem sido mortalmente baleadas num supermercado em Buffalo, no Estado de Nova Iorque, num ataque com motivações racistas.

Além disso, é o segundo massacre mais mortífero da última década num estabelecimento de ensino, depois do perpetrado em 2012 na escola de Sandy Hook, em Newton, no Estado do Connecticut, em que morreram 26 pessoas, a maioria das quais crianças.