Pela primeira vez em Portugal vão realizar-se as Eleições Europeias com cadernos de voto digitais, no próximo dia 9 de junho. Para testar os sistemas antes do dia oficial, este sábado foram abertas mesas de voto para um ensaio geral, em vários pontos do país e no estrangeiro.

Foram detetadas falhas nos sistemas de cadernos digitais desmaterializados, com constrangimentos nas mesas de voto, avança o Expresso. O Ministério da Administração Interna explica que esses pontos vão ajudar a corrigir e a limitar os problemas no dia oficial das eleições europeias. Os incidentes detetados eram expectáveis e acredita-se que não voltem a acontecer no dia 9 de junho. Ao passar do papel para o computador, os eleitores podem votar em qualquer mesa.

Entre os problemas detetados, houve “erros inesperados” no sistema, obrigando a tentar novamente. A RTP refere que na Guarda foram registados problemas na rede de internet. Os funcionários que acompanham os votos tinham um número para ligar no caso de haver falhas para reportar os erros. Falhas nos computadores ou sistemas que não foram capazes de se ligar à rede para aceder aos cadernos eleitorais desmaterializados foram algumas das situações.

Em declarações ao canal público, Sérgio Cruz, da Câmara Municipal da Guarda, justifica que devido ao teste se ter realizado ao mesmo tempo, o sistema teve dificuldade no contacto. Estas falhas também ajudaram os colaboradores a “treinar” para aquilo que possa surgir no dia das eleições e que são importantes para serem reportados e corrigidos.

Para validar o voto, os técnicos de informática inserem os dados, validam o cartão de cidadão, com a confirmação de um segundo técnico. No plano de contingência, os técnicos ainda não tinham recebido instruções para situações de falha de eletricidade.

Apesar das falhas, os testes correram bem no geral, com a plataforma digital a ser apontada como mais funcional, dando acesso a diversos dados, tais como o número de votantes e de inscritos, com uma leitura mais ativa e presente no sistema.