A “febre” de Star Wars chegou em força com a estreia do último capítulo da trilogia da saga. No entanto, até o mundo do cibercrime não ficou indiferente ao entusiasmo e os hackers aproveitaram a ocasião para tentar levar a cabo as suas intenções maliciosas.

Uma investigação da Kaspersky encontrou mais de 30 websites e perfis nas redes sociais que se faziam passar por páginas oficiais que disponibilizariam o filme “The Rise of Skywalker”. Os cibercriminosos aproveitavam-se dos utilizadores mais incautos, roubando-lhes as suas informações pessoais sob o pretexto de um suposto registo obrigatório.

De acordo com a empresa de segurança, os cibercriminosos usam estratégias relativamente sofisticadas para iludir quem não pode esperar para ver o mais recente filme da saga Star Wars. As páginas incluem não só o título, mas também descrições completas e conteúdos adicionais. A técnica conhecida como “Black SEO” permite colocar este tipo de páginas fraudulentas nas posições de topo dos motores de busca. Além disso, os hackers chegam também a criar contas em redes sociais onde partilham links para os websites maliciosos.

Ao todo, em 2019, o número de tentativas de infeção a utilizadores que tentavam ver filmes de Star Wars de forma gratuita aumentou em 10%, passando de 257.580, em 2018, para 285.103. Embora o número de ficheiros únicos utilizados e de utilizadores afetados tenha diminuído desde o ano passado, os dados demonstram que, mesmo depois de um filme estrear, um elevado número de pessoas ainda continua a tentar descarregá-lo em páginas que fazem promessas demasiado boas para ser verdade.

Ataques de malware relacionados entre 2018 e 2019com Stars Wars
Kaspersky

Para evitar cair nas garras dos cibercriminosos, a Kaspersky recomenda atenção redobrada, pois poderá pagar caro por algo que aparenta ser “totalmente grátis”. Assim, é necessário não só prestar atenção às datas de estreia no cinema, plataformas de streaming ou noutras fontes oficiais, mas também não aceder a páginas que pareçam suspeitas, comprovando sempre a sua autenticidade. Os utilizadores deverão verificar se os ficheiros que descarregam, mesmo em locais online legítimos, se a sua extensão não é .exe.