O mais recente relatório trimestral da empresa de segurança informática WatchGuard Technologies indica que o volume de malware detetado aumentou 64% relativamente ao mesmo período no ano passado.

A investigação revela que 37% de todo o malware analisado teve como alvo a região EMEA (Europa, Médio Oriente e África), com vários ataques a países como o Reino Unido, Itália, Alemanha e ainda Mauritânia.

Segue-se a região APAC (Ásia Pacífico), sendo atingida por 36% dos ciberataques. De acordo com a WatchGuard, o Japão foi um dos maiores alvos, com 11% das deteções do malware Trojan.Phishing.MH.

Ataques de malware por região do mundo

O relatório destaca também que vários sites legítimos de hospedagem conteúdo e Content Delivery Networks como a CloudFare.net estão a ser frequentemente utilizados por hackers para levar a cabo ataques de malware e phishing.

Segundo a análise da WatchGuard Technologies, há um aumento no que toca ao volume de ataques através de dois tipos de malware que figuraram nos relatórios dos anos anteriores. O primeiro é um ataque de phishing que faz chantagem ao utilizador, ameaçando tornar públicas informações falsas sobre o mesmo. Já o segundo explora uma vulnerabilidade do Microsoft Office.

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No top 10 do malware mais comum detetado pela empresa de segurança estão, pela primeira vez dois módulos do Kali Linux, o sistema operativo utilizado por hackers. Por um lado, o Trojan.GenericKD pertence a uma família de software malicioso que consegue aceder de forma despercebida a servidor de comando e controlo. Por outro o Backdoor.Small.DT consegue infiltrar-se em servidores web.

Segundo a empresa, as ameaças por SQL injection, as quais se aproveitam de falhas em sistemas que interagem com bases de dados, representaram 34% de todos os ataques detetados na rede.

De acordo com Corey Nachreiner, diretor de tecnologia da WatchGuard Technologies, existem diversas formas de o utilizador se defender destas ameaças. Entre elas incluem-se filtragem ao nível do DNS, serviços avançados de antimalware e autenticação multifatorial.