A especialista em segurança Kaspersky disponibilizou dados sobre os ataques de phishing relativos ao segundo trimestre de 2019 e colocou Portugal no TOP 10 dos países que mais foram atacados, mais concretamente o quinto lugar em todo o mundo, com 17,47%. O país mais afetado foi a Grécia com 26,20%, avaliando as ativações dos sistemas antiphishing no mesmo período, seguindo-se a Venezuela com 25,67%, o Brasil com 20,86% e Austrália com 17,73%. A Espanha surge no sexto lugar com 15,85%.

A Kaspersky refere que os atacantes estão mais sofisticados e utilizam técnicas de phishing eficazes e convincentes, recorrendo aos sistemas de armazenamento em cloud, como por exemplo o Google Drive para as suas campanhas. É ainda referido que os atacantes tentam enfraquecer a reputação online das empresas, caso estas não cedam às chantagens que lhes são feitas.

Os atacantes utilizam serviços e sistemas de armazenamento na cloud para que os emails de phishing sejam mais credíveis. Ao incluir um email num link com um domínio legítimo, como por exemplo, o Google Drive, a mensagem transmite mais confiança às vítimas, evitando ainda os filtros de deteção de spam. Um dos exemplos são os links para phishing contidos dentro de convocatórias falsas para eventos, utilizando o Google Calendar, e no caso de serem fotografias, o Google Photos.

Na análise deste segundo trimestre do ano, a especialista detetou mensagens relacionadas com a compra de viagens, por exemplo, com cartas em nome de páginas de web conhecidas para aluguer de férias, com ofertas de vivendas a preços muito competitivos. Muitas destas propostas continham prazos limitados, de forma a criar pressão nas vítimas, para que atuassem de forma espontânea.

Maria Vergelis, investigadora da Kaspersky, salienta a eficácia destes ataques de spam e phishing quando coincidem com datas chave, o que podem ser recebidos com menor desconfiança. “É frequente que a vítima nem se dê conta de que foi alvo de um ciberataque ou de que expôs os seus dados pessoais até que já tenha sido tarde de mais”, refere a especialista.

A especialista disponibilizou ainda alguns dados do seu relatório referente ao segundo trimestre de 2019. O número de ataques de phishing aumentou 21% face ao período homólogo do ano passado, com o total de 129,93 milhões. Houve ainda um aumento de 58% no volume de spam no tráfego de emails. A China é o principal emissor de spam, com 23,72%, seguindo-se os Estados Unidos com 13,89% e a Rússia com 4,83%. Já o principal país recetor de spam é a Alemanha com 10,05%, com a Rússia em segundo com 6,16% e Vietname com 5,98%.

Ainda em agosto a Google revelou que bloqueia 100 milhões de emails diariamente, deixando mesmo algumas dicas para lidar com o perigo do phishing.

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