A Marsh, empresa especializada em consultoria de risco e corretagem de seguros, desenvolveu um estudo com o objetivo de identificar os potenciais riscos que as empresas portuguesas consideram que o mundo e elas próprias irão enfrentar. Para elaborar o estudo, a Marsh contou com a participação de cerca de 170 empresas, pertencentes a 22 sectores de atividade, com diferentes volumes de faturação e número de colaboradores.

Com o título “A Visão das Empresas Portuguesas sobre os Riscos 2019”, o estudo concluiu que são os riscos tecnológicos, como é o caso dos ataques cibernéticos, os que mais estão a preocupar as empresas nacionais, tanto na perspetiva das próprias como do mundo.

Nos últimos dois anos mais de metade das empresas na Europa sofreram ciberataques
Nos últimos dois anos mais de metade das empresas na Europa sofreram ciberataques
Ver artigo

Segundo o estudo, 66% das empresas portuguesas consideram que os “ataques cibernéticos em grande escala” são o principal risco que o mundo poderá vir a enfrentar em 2019, seguido de “crises fiscais e financeiras em economias chave”, com 50%. Seguem-se os “eventos climáticos extremos” com 36%; a “instabilidade social profunda” com 34% e as “catástrofes naturais” com 32%. Pela primeira vez em 5 anos, o risco “ataques terroristas em larga escala” não consta no top 5.

Relativamente aos riscos que as empresas receiam vir a enfrentar em 2019, os “ataques cibernéticos” também lideram a lista de preocupações, com 58%, seguindo-se a “instabilidade política ou social”, com 53%. Surgem de seguida os “eventos climáticos extremos” e a “retenção de talentos” com 31% e ainda a “concorrência” e “crise financeira/crises fiscais”, com 30% e 27%, respetivamente.

Para Fernando Chaves, especialista de risco da Marsh Portugal, “este estudo demonstra aquilo que fomos constatando no terreno junto das empresas: uma forte perceção das vulnerabilidades face a uma dependência quase total das tecnologias, sendo os ataques cibernéticos a maior preocupação”.

Ciberataques continuam a evoluir mas empresas “teimam” em ficar para trás
Ciberataques continuam a evoluir mas empresas “teimam” em ficar para trás
Ver artigo

O estudo concluiu ainda que as empresas portuguesas estão mais conscientes sobre o papel que a gestão de riscos deve ter dentro das suas organizações. Em 2019, 31% das empresas respondentes afirmam ter aumentado o valor orçamentado para a gestão de riscos, enquanto que 52% declaram que o valor orçamentado para a gestão de riscos estabilizou nas suas organizações.

Segundo Rodrigo Simões de Almeida, country manager da Marsh Portugal, “os nossos gestores estão conscientes que a palavra risco está diretamente associada a negócio e a oportunidade. Por isso tem vindo a crescer a percentagem de empresas que afirma dar elevada importância à gestão de riscos e a aumentar o orçamento para gestão dos mesmos”. Rodrigo Simões de Almeida considera assim que “este é um reflexo da maturidade crescente do nosso tecido empresarial, aspeto que nos permite olhar para o futuro com maior confiança, independentemente do ciclo económico que venhamos a viver nos próximos anos.”

Não perca as principais novidades do mundo da tecnologia!

Subscreva a newsletter do SAPO Tek.

As novidades de todos os gadgets, jogos e aplicações!

Ative as notificações do SAPO Tek.

Newton, se pudesse, seguiria.

Siga o SAPO Tek nas redes sociais. Use a #SAPOtek nas suas publicações.