A escassez de competências em cibersegurança traz múltiplos desafios e repercussões para as organizações. Um novo relatório da Fortinet, onde foram inquiridos mais de 1.200 decisores de TI e cibersegurança de 29 países, revela que 80% das organizações admitem que sofreram pelo menos um ataque que poderiam atribuir à falta de competências ou de sensibilização em cibersegurança.

Citando dados de um relatório de 2021 do International Information System Security Certort Consortium, ou (ISC)², os especialistas da Fortinet indicam que o número de profissionais de cibersegurança precisa de aumentar em 65% para defender as organizações de modo eficaz. No entanto, o número de profissionais necessários para preencher a lacuna diminuiu de 3,12 milhões para 2,72 milhões no ano passado.

O relatório Cybersecurity Skills Gap 2022 detalha que 64% das organizações inquiridas sofreram violações de segurança que resultaram em perda de receitas, custos associados à recuperação e/ou multas. Tendo em conta o crescente custo dos ataques nos lucros das organizações, além do impacto nas suas reputações, a cibersegurança é cada vez mais uma prioridade para as administrações.

Ao todo, 88% das organizações afirmam que o seu conselho de administração faz perguntas específicas sobre cibersegurança. Além disso, 76% das organizações têm um conselho de administração que recomenda um aumento no número de especialistas em TI e cibersegurança.

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Os especialistas realçam que as formações e certificações são fundamentais para que as organizações consigam colmatar o “gap” de competências.

Segundo o relatório, 95% dos líderes de TI e cibersegurança acreditam que as certificações têm um impacto positivo no seu papel e na sua equipa, enquanto 81% preferem contratar pessoas com certificações. 91% dos inquiridos partilharam que estão dispostos a pagar a um colaborador para obter certificações em cibersegurança.

Os dados dão a conhecer que 87% das organizações implementaram um programa de formação para aumentar a consciência cibernética, porém, 52% dos líderes acreditam que os seus colaboradores ainda não têm as competências necessárias.

Encontrar as pessoas certas para preencher funções críticas de segurança é um desafio e 60% dos líderes admitem que a sua organização tem dificuldades em matéria de recrutamento e 52% lutam para reter talentos. O recrutamento de mulheres, universitários licenciados e minorias inclui-se entre os desafios de contratação. Por outro lado, 89% das empresas globais afirmam ter objetivos de diversidade como parte da sua estratégia de contratação.