A mais recente investigação da Dashlane revela que, em 2019, 27% das startups nacionais sofreram ciberatques. O phishing é o tipo de incidente mais frequente e 80% das empresas registaram ataques do género no ano passado.

A empresa dá a conhecer que, em 2020, o panorama torna-se mais preocupante. Nos primeiros seis meses do ano, repete-se a percentagem de empresas que reportam ataques informáticos, significando um agravamento no que toca ao número de ocorrências.

A análise a uma amostra de 37 empresas portuguesas detalha que além do phishing, os ataques de brute force, que afetaram 60% das startups em 2019, DDos e port scanning, que atingiram 50% das organizações, também são comuns. Já 30% das startups indicaram ter sido afetadas por ataques de malware, tanto em 2019 como em 2020. Os incidentes de credential stuffing, ransomware e ataques persistentes avançados também estão em destaque.

No que diz respeito às soluções de cibersegurança adotadas, o relatório destaca que 83% das startups recorrem a firewalls, 81% a backups e 78% à cloud. Cerca de 62% das empresas usam também gestores de passwords.

A prioridade dedicada à cibersegurança aumentou para 35% devido à pandemia de COVID-19 e consequente passagem para o mundo do trabalho remoto, com as empresas a ajustarem as soluções de segurança informática para fazer face às necessidades da nova realidade. A investigação demonstra que a autenticação de dois fatores para acesso às redes corporativas é a solução mais popular, seguindo-se a implementação de gestores de passwords.

Apesar do impacto económico da pandemia nos orçamentos das empresas, nenhuma das inquiridas afirma que pretende diminuir o investimento em cibersegurança nos próximos 12 meses. Mais de 13% das startups indicam que vão até considerar um aumento do mesmo.

Ao todo, 83,6% das organizações questionadas afirmam que o investimento em segurança informática é essencial. Para 40,6% das empresas, a cibersegurança é tão importante quanto vertentes como a retenção de talento, as vendas, ou o marketing.

A investigação da Dashlane centrou-se ainda nas medidas pessoais de proteção tomadas em 2020. Apenas 29,7% dos participantes afirmam ter tomado medidas adicionais desde o início do ano. A preocupação com as passwords é uma das prioridades dos inquiridos, e 82% dos inquiridos passaram a usar gestores de credenciais. Seguem-se ainda a autenticação de dois fatores e a alteração de passwords para torná-las mais fortes.