Os dados são da IDC, que apurou para o ano passado uma quebra de 20,9% nas vendas de headsets para realidade virtual e realidade aumentada. No total terão sido comercializados 8,8 milhões de equipamentos.

Como refere a consultora, os números não são uma surpresa, uma vez que o segmento ainda não atrai uma atenção massiva dos consumidores, o número de fabricantes com ofertas no mercado continua a ser reduzido e o ambiente macroeconómico instável teve o seu impacto, em todas as áreas de consumo.

A IDC sublinha ainda a dificuldade em comparar os dois últimos anos, tendo em conta o impacto no mercado do lançamento dos Quest 2 da Meta em 2021 e a falta de sucessor no mesmo segmento no ano seguinte, lembrando que a Meta mantém uma quota de mercado próxima dos 80% neste mercado.

Vários equipamentos de realidade virtual foram apresentados este ano na CES, desde óculos a luvas hápticas. Veja as imagens

Em 2021, o impacto da pandemia teve um reflexo nas vendas de dispositivos eletrónicos sem comparação possível com outros períodos, em que os utilizadores dispersam interesses e orçamento disponível por um leque mais variado de produtos e serviços, que os disponíveis durante o confinamento. Também por isso, a IDC ressalva a dificuldade em fazer comparações entre os dois anos.

Meta "corta" preço dos seus headsets de realidade virtual
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Depois da Meta, o segundo fabricante com maior presença no mercado de RV/AR é a ByteDance, dona do TikTok, através de outra empresa do grupo, a Pico, que conquistou 10% das vendas e que aposta sobretudo em mercados onde a Meta não está, ou é menos conhecida. O SAPO TEK testou no MWC o novo modelo da fabricante.

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Do ranking das cinco empresas que mais venderam headsets RV/RA fazem também parte a DPVR, HTC e iQIYI.

A IDC dá ainda destaque à Nreal, que ficou no 6º lugar deste top mundial de vendas, mas que liderou as vendas de dispositivos de realidade aumentada, com 100 mil unidades expedidas em 2022. A empresa tem apostado sobretudo no mercado de gaming.

Para este ano, a IDC antecipa que a chegada de novos atores ao mercado possa trazer outra dinâmica. "Embora o mercado de RA e RV ainda esteja a dar os primeiros passos, a Meta tem conseguido criar uma dinâmica a seu favor, alimentada por conteúdos próprios e de terceiros”, admite Jitesh Ubrani, responsável de pesquisa do Mobility and Consumer Device Trackers da IDC.

“É aqui que outros players, como a Sony e potencialmente a Apple, podem trazer uma concorrência significativa”, acrescenta a consultora. Vários rumores têm antecipado a entrada da Apple neste mercado, e agora a apresentação de um equipamento parece estar marcada para junho.

A Sony lançou em janeiro o o headset de realidade virtual PS VR2 que o SAPO TEK já testou. Veja aqui a análise do PS VR2

A consultora faz também destaque ao potencial do segmento da realidade mista, que tem vindo a crescer lentamente. As aplicações empresariais, em áreas como a formação, integração de colaboradores e colaboração podem dinamizar o segmento, antecipa a IDC.

A empresa aponta o que considera dois bons exemplos de inovação nesta área - Meta Quest Pro e HTC XR Elite -, com potencial para dinamizar procura naquelas áreas. Espera, ainda assim, que a curva de crescimento na adoção seja lenta.

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