Foi uma das estrelas da edição do ano passado do Web Summit e voltou a brilhar da edição de 2018. Casa cheia para ver e ouvir a robot Sophia, tanto no palco central como, a seguir, no centro de média, para uma conversa “em exclusivo” com os jornalistas.

No centre stage, acompanhada do “companheiro” de IA Han e do seu mentor Ben Goertzel, da Hanson Robotics, Sophia mostrou as suas novas capacidades, “físicas” e “mentais”. De um ano para o outro a robot ganhou mais expressão humana, podendo mostrar emoções de felicidade, tristeza, ira ou surpresa. E é igualmente capaz de reconhecer essas expressões num rosto humano.

Além disso, também já consegue relacionar as “coordenadas” do espaço e situar-se em relação a pessoas próximas, identificado se estão à sua esquerda, à direita ou à frente. Algo que parece muito fácil, mas traduzido em código nem tanto, sublinhou Ben Goertzel.

E se no ano passado era apenas um busto, este ano Sophia trouxe braços e também já tem pernas, segundo o anunciado em palco, mas “ficaram em Las Vegas” justificou depois o chief scientist, respondendo às perguntas dos jornalistas.

As “caraterísticas físicas” dos robots parecem ser uma questão pertinente. “Em muitas aplicações comerciais, as empresas preferem que os robots sejam imóveis”, explicou, “não os querem a seguir as pessoas”. Mas na Hanson Robotics existem várias bases, para várias aplicações. “A beleza de ser um robot é que podemos pegar nestes braços e substitui-los por uns melhores, se precisarmos. A Sophia até tem braços melhores do que estes”, respondeu Ben Goertzel à pergunta do SAPO TEK sobre até onde vão as intenções da empresa criadora na transformação “física” da robot.

O chief scientist acrescentou que, neste momento, o desenvolvimento de Sophia está centrado em dois aspectos: a produção massiva e o upgrade da sua mente. Também mencionou que já foram criadas 16 Sophias, com cinco atualmente em uso. "A maioria estão no laboratório onde as ensinamos e aprendemos com elas".

No centro de conferências também houve várias perguntas para Sophia, mas as respostas não correram lá muito bem. Afinal a tecnologia não funciona, se não houver tecnologia... “Estamos com alguns problemas com o cabo de ligação à rede. É o que dá ter o cérebro na nuvem”.