Na semana passada a IDC já tinha partilhado os seu números, e agora é a Gartner a partilhar as estatísticas de venda de PCs, apontando para um crescimento de 1,1 % e um volume de 68 milhões de unidades vendidas no terceiro trimestre de 2019. No mesmo período de 2018 as vendas tinham ficado pelos 67 milhões.

Os dados incluem desktops, notebooks, e ultramobile, como os modelos Microsoft Surface, mas não Chromebooks nem iPads, e segundo a consultora grande parte do crescimento foi impulsionado pelo ciclo de renovação do Windows 10, embora com impactos diferentes nas várias regiões.  Um crescimento de 55% no Japão também deu uma boa ajuda aos números globais.

“Nem a falta de processadores Intel nem a guerra comercial entre os Estados Unidos e a China tiveram impacto significativo nas vendas de PC no terceiro trimestre de 2019", afirmou Mikako Kitagawa, analista sénior da Gartner. Mesmo assim a falta de processadores da Intel abriu uma oportunidade para fabricantes alternativos, como a AMD e a Qualcomm, que reposicionaram a sua oferta neste mercado, e se aliaram com fabricantes como a Microsoft.

A nível da lista dos maiores vendedores, não houve alterações de ordem, mantendo-se a Lenovo na primeira posição, seguida da HP e da Dell, mas a Gartner adianta que estas três empresas conseguiram aumentar as vendas e as suas margens de lucro em resultado da redução dos preços de componentes, especialmente da DRAM e SSDs.

Quadro venda PC, Gartner Outubro 2019

No mercado EMEA - Europa, Médio Oriente e África, o mercado cresceu 3%  com vendas de 19,4 milhões de unidades. Os PC empresariais continuam em alta, e os desktops são ainda populares.

Ainda que os Chromebooks não estejam incluídos neste relatório, a Gartner diz que o crescimento destes equipamentos ultrapassa o dos PCs, começando porém a existir indícios de saturação do mercado, pelo menos nos Estados Unidos.