As grandes assimetrias geológicas entre o lado mais distante da Lua e as bacias abertas do hemisfério virado para a Terra intrigaram os cientistas por décadas e agora há uma nova teoria sobre a sua origem.

Um estudo de investigadores de Macau, Alemanha, Estados Unidos e França, publicado no Journal of Geophysical Research: Planets AGU, sugere que as diferenças resultaram do impacto massivo de um corpo com cerca de 780 quilómetros de diâmetro, no início da história do sistema solar.

A colisão, a 22.500 quilómetros por hora, terá levado a que a chamada "face oculta da Lua" e o lado mais visível apresentem caraterísticas de topografia, espessura da crosta e composição química distintas.

A equipa liderada por Zhu Meng-Hua, do Instituto de Ciência Espacial da Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau, baseia o seu modelo na simulação dos dados recolhidos pela missão GRAIL da NASA em 2012, que tinha colocado duas aeronaves na mesma órbita ao redor da Lua para fazer um mapa de alta resolução do campo gravitacional e compreender a sua estrutura interior.