O cenário que se desenhava no horizonte parece estar a confirmar-se mais cedo do que o esperado. A Acer e a Asus, dois dos maiores fabricantes mundiais de computadores, deverão seguir as pisadas da Dell e aumentar os preços dos seus equipamentos já no primeiro trimestre de 2026.
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A notícia, avançada pela consultora TrendForce e baseada em relatos de vários meios de comunicação social, dá conta de toda a indústria assume que os custos de produção dispararam de tal forma que é impossível não passar a fatura ao consumidor.
A Dell foi a primeira a "carregar no botão" do alarme, ao anunciar que planeia subir os preços dos seus PC comerciais entre 10% a 30% já a partir da presente semana (17 de dezembro), citando que os aumentos nos custos de memória estão "fora do seu controlo".
Agora, fontes da indústria indicam que a Acer e a Asus deverão as próximas a atualizar os seus preços a partir de janeiro de 2026. Os preços de módulos de memória DDR5 de 16GB, essenciais para os computadores mais modernos como os "IA PC", viram o seu preço disparar de cerca de 40 dólares em julho para mais de 100 dólares em outubro, com picos recentes a roçarem os 200 dólares.
Jason Chen, CEO da Acer, explicou que a memória representa tipicamente 8% a 10% do custo total de materiais (BOM) de um computador. Contudo, entre o terceiro e o quarto trimestre deste ano, o preço destes componentes saltou entre 30% a 50%. Embora as marcas tentem absorver parte do impacto, a margem de manobra esgotou-se.
Do lado da Asus, o co-CEO Samson Hu não prevê um alívio nos preços antes do segundo semestre do próximo ano, sugerindo que o início de 2026 será particularmente duro para a carteira dos consumidores. Esta escalada de preços não é, infelizmente, uma surpresa total. Tal como o Tek Notíciasjá tinha alertado, a combinação entre as necessidades dos servidores de Inteligência Artificial e a escassez de produção de chips DRAM criaram a tempestade perfeita para 2026.
A previsão de que "2026 vai ser muito pior" está a materializar-se na forma de portáteis mais caros ou, em alternativa, com especificações mais modestas, como reduzir a quantidade de memória RAM de 16 para 8 GB para manter os preços nos patamares atuais, estratégia essa que a própria Acer admite estar a considerar para alguns modelos. Se está a considerar adquirir um novo computador, agora é a altura ideal, antes que os preços piorem.
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