Está marcado para hoje, 7 de junho, por volta das 18h35 (hora de Lisboa), a aproximação da sonda Juno da Marte à maior lua de Júpiter, Ganimedes. A NASA diz que a sonda vai estar a 1.038 quilómetros da superfície da lua, um voo que será o mais próximo dos últimos 20 anos, desde a Galileo em 2000.

A Juno vai captar imagens de alta definição da lua, para ajudar a clarificar a sua composição, a sua ionosfera, magnetoesfera e a sua concha de gelo. Espera-se ainda que as medições do ambiente radiativo perto de Ganimedes ajudem em futuras missões ao planeta. A NASA diz que a lua é maior que o planeta Mercúrio, sendo a única no sistema solar com a sua própria magnetoesfera, ou seja, uma espécie de bolha com partículas carregadas à volta do corpo celestial.

A agência espacial refere que os instrumentos sensíveis de Juno vão permitir observar Ganimedes de formas nunca antes possíveis. O seu papel vai ser fundamental para futuras missões ao sistema de Júpiter que já estão alinhadas, como a Europa Clipper da NASA (sem data) e a JUpiter ICy moons Explorer (JUICE) marcada para o próximo ano, com chegada prevista a Júpiter em 2029.

Está planeado que os instrumentos científicos de Juno comecem a recolher dados, cerca de três horas antes de começar a sua aproximação da lua. O espectrógrafo de ultravioletas e outros instrumentos da sonda vão espreitar a crosta de gelo da lua para obter dados sobre a sua composição e temperatura.

Segundo um dos investigadores explicou no blog da NASA, a crosta da lua tem algumas regiões negras e outras claras, sugerindo que algumas podem ter gelo puro, outras com gelo sujo. A sonda vai definir as variações do gelo em profundidade, de forma a compreender melhor como este é formado.