Lançado em 1984, o satélite Earth Radiation Budget Satellite (ERBS) regressou à Terra depois de passar quase 40 anos no Espaço. De acordo com a NASA, o satélite entrou na atmosfera terrestre a 8 de janeiro, pelas 23h04 locais, sobre o mar de Bering, localizado entre o Alasca e a Rússia.

Acredita-se que grande parte do satélite, com cerca de 2.450 quilogramas, se tenha desintegrado durante a entrada na atmosfera terrestre. Pode existir a possibilidade de alguns dos componentes do ERBS terem sobrevivido ao processo, no entanto, para já, ainda não foram registados casos relacionados com a queda de detritos do satélite.

Além de poder ter sido acompanhada pelos mais curiosos através de plataformas online como a Satflare, a entrada do satélite na Terra conseguiu ser captada por um habitante da comunidade de Nightmute, no Alasca.

A NASA recorda que, em outubro de 1984, o ERBS partiu rumo ao Espaço à “boleia” do vaivém Challenger, fazendo parte da missão Earth Radiation Budget Experiment (ERBE), composta por mais dois satélites.

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O ERBS tinha como missão ajudar os cientistas a compreenderem a forma como o nosso planeta absorve e irradia energia vinda do Sol, recolhendo dados sobre os níveis de ozono na estratosfera, assim como de vapor de água, dióxido de nitrogénio e aerossóis. Inicialmente era esperado que o satélite se mantivesse operacional por apenas dois anos. No entanto, o ERBS superou expectativas e continuou a trabalhar até 2005.

A NASA realça o contributo das medições realizadas pelo satélite, que, graças ao instrumento Stratospheric Aerosol and Gas Experiment II (SAGE II), permitiu confirmar a diminuição da camada de ozono. Os dados recolhidos pelo ERBS desempenharam um papel importante para a criação do Protocolo de Montreal, que levou à tomada de medidas de redução do uso de clorofluorcarbonetos (CFC) a nível internacional.

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Recorde-se que ainda esta semana, um relatório do Painel de Avaliação Científica das Nações Unidas do Protocolo de Montreal deu a conhecer que se forem mantidas as políticas atuais, até 2066 a camada de ozono na Antártida terá recuperado para os níveis de 1980, enquanto no Ártico a recuperação será mais rápida, em 2045, e no resto do mundo poderá ocorrer em 2040.

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