
A Universidade de Quioto e a Sumitomo Forestry, uma madeireira japonesa, uniram-se para desenvolver o primeiro satélite feito em madeira e planeiam tê-lo pronto já em 2023. O objetivo do projeto é encontrar uma forma de reduzir a quantidade de “lixo espacial” que orbita em torno da Terra e que constitui, por exemplo, uma ameaça para outros satélites e veículos espaciais.
Em declarações à BBC, Takao Doi, professor na Universidade de Quioto e astronauta, explica que há uma grande preocupação em torno do impacto do “lixo espacial”, em especial, com o elevado número de partículas tóxicas deixadas pelos satélites quando reentram na atmosfera terrestre.
As entidades por trás do projeto afirmam que, ao contrário dos satélites comuns, os esquipamentos em madeira que estão a ser desenvolvidos ardem por completo ao entrar na atmosfera do nosso planeta sem deixar partículas ou outros resíduos tóxicos.

Outra das vantagens relaciona-se com a utilização de estruturas mais simples, uma vez que a madeira não bloqueia ondas eletromagnéticas ou o campo magnético terrestre, permitindo a colocação de componentes como antenas dentro do satélite.
Recorde-se que, de acordo com dados da Union of Concerned Scientists, em abril deste ano, existiam cerca de 6.000 satélites a orbitar em torno da Terra. No entanto, apenas 2.666 estavam, de facto, operacionais: um número que, entretanto, cresceu para 2.787 em agosto.
O problema do “lixo espacial” na órbita terrestre é também reconhecido pela ESA como uma ameaça. Ainda no início dezembro, a agência teve de realizar uma manobra especial para desviar um dos seus satélites, o CryoSat, e evitar que entrasse em colisão com detritos espaciais.
A ESA tem em curso projetos de remoção de “lixo espacial” da órbita terrestre e anunciou recentemente um contrato de 86 milhões de euros com várias empresas europeias, incluindo as portuguesas Critical Software e Deimos, para a primeira missão de remoção de lixo espacial da órbita da Terra.
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