Quase duas décadas depois de começar a ser construído, o James Webb Space Telescope (JWST) está finalmente pronto e com data de lançamento prevista para o próximo mês, mais precisamente para o dia 18 de dezembro. Até à contagem decrescente começar, os preparativos a partir da base de lançamento da ESA, na Guiana Francesa, implicam o acompanhamento da segurança e verificação das operações, algo que está a cargo do ISQ.

O grupo português de engenharia está envolvido na missão que junta a NASA, a ESA e a CSA através da participação na ESQS (Europe Spatial Qualité Sécurité), sendo responsável por acompanhar a segurança das operações, através da verificação - do ponto de vista da salvaguarda e proteção do meio ambiente - da conformidade do satélite com os regulamentos, dos estudos de segurança e licenças de operação, fornecendo ainda o suporte para o desenrolar das operações de preparação final antes do lançamento.

Na prática, o ISQ tem a seu cargo a verificação da conformidade dos testes elétricos e de radiofrequência (antenas), abastecimento do tanque de combustível e as respetivas operações de pressurização, bem como a integração final no lançador.

Veja imagens do telescópio James Webb

A experiência do grupo português nesta área já vem de longa data, com a prestação de serviços de Quality Assurance/Quality Control (QA/QC) no Centro Espacial Europeu (CSG), na Guiana Francesa, há quase duas décadas, com uma equipa que está permanentemente na base aeroespacial em Kouru.

Além da missão James Webb, também trabalha ao nível da qualidade operacional (qualidade a bordo e qualidade no solo) dos sistemas de lançamento Ariane 5, Soyuz e Veja.

O ISQ esteve igualmente envolvido, juntamente com a CRITICAL Software, na primeira fase da construção do European Extremeley Large Telescope (E-ELT), do Observatório Europeu do Sul (ESO).

“Portugal tem vindo cada vez mais a apostar na indústria aeroespacial e felizmente temos hoje várias empresas de relevo a trabalhar nesta área e que são reconhecidas a nível internacional”, refere Pedro Matias, presidente do ISQ, numa nota enviada às redações.

Para o responsável, também é interessante “ver que o Governo Português tem vindo a considerar esta área como uma área de futuro, pelo que temos todas as condições para que a médio prazo Portugal se afirme como uma referência em determinados componentes do cluster Aeroespacial”, comenta. “Esperemos que no quadro do Portugal 2030 seja considerado um sector estratégico”, conclui.

Um telescópio espacial em busca da origem de tudo

Com o novo telescópio espacial James Webb a NASA, a ESA e a CSA querem dar um passo de gigante no que diz respeito à observação do cosmos: se o Hubble veio revolucionar a astrofísica e possibilitar um novo olhar sobre o nosso sistema solar e antigas galáxias, a intenção com o Webb é ir mais longe no estudo das origens do universo.

Webb está destinado a observar a formação das primeiras galáxias, estudar a sua evolução, ver a produção dos elementos pelas estrelas e acompanhar os processos de formação das estrelas e dos planetas. Ou seja, concentrar-se-á em quatro áreas principais: a primeira luz no universo – ou a luz das primeiras estrelas-, a formação de galáxias no início do universo, o nascimento de estrelas e sistemas protoplanetários e planetas, incluindo as origens da vida.

Este gigante telescópio tem um espelho seis vezes maior do que o do Hubble e um protetor solar do tamanho de um campo de ténis.

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