É considerada uma das maiores e mais densamente povoadas regiões de manchas solares detetada na parte mais próxima do Sol em relação à Terra na última década e por isso leva o nome de “arquipélago”. O grupo de “ilhas” é composto por, pelo menos, seis manchas solares diferentes e há risco das tempestades solares geradas atingirem o nosso planeta, em breve.

Embora não exista uma solução em concreto para dar resposta a um problema do género, a comunidade científica tem vindo a acompanhar a situação, dada a proximidade do pico de atividade solar.

O primeiro grupo deste arquipélago de manchas solares é cientificamente conhecido como AR3490, e girou para o lado mais próximo a 18 de novembro último. O conjunto foi rapidamente seguido por um outro, denominado AR3491, segundo relata o Spaceweather.com.

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Mancha solar de 19 de novembro 2023 créditos: Spaceweather.com

Depois da deteção, o aglomerado de manchas solares dividiu-se, dando origem a várias novas manchas, incluindo a AR3492, AR3495, AR3496 e a AR3497.

As pistas sobre a maior tempestade solar de sempre afinal estavam guardadas em terra
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No total o “arquipélago de manchas solares” estende-se por cerca de 200.000 quilómetros através da superfície do Sol e é mais de 15 vezes maior que a Terra. Ao longo dos últimos dias de observação, já originou 16 explosões solares de classe C e 3M, pelo menos.

Se as manchas solares continuarem a deslocar-se para a parte mais próxima do Sol em relação à Terra, qualquer energia adicional libertada poderá bombardear a atmosfera terrestre com tempestades solares intensas, causando apagões rádio, problemas com o GPS e outras interferências.

Além disso, também foram detetados grandes “laços” de plasma, conhecidos como proeminências solares, o que pode significar que há grandes ejeções de massa coronal (CME) a caminho.