A rotação do planeta faz com que a luz do Sol não chegue a todas as zonas em simultâneo, mas hoje, dia 8 de julho, é um dia especial e a grande maioria da população vai experimentar em simultâneo a possibilidade de receber iluminação da estrela que é o centro do sistema solar.

A informação circula online referindo que 99% da população tem hoje acesso a luz solar em simultâneo, mas Konstantin Bikos, editor do site Time and Date, decidiu verificar se os dados são corretos, fazendo o fact check a um post que foi originalmente publicado no Reddit mas que tem também uma outra versão que foi publicada no Twitter.

A verdade é que as áreas mais populadas do mundo vão estar a receber luz do sol em simultâneo, incluindo a América do Norte e América do Sul, Europa, África e grande parte da Ásia, mas há ainda algumas regiões que estão no escuro à hora referenciada como o momento chave desta "iluminação máxima", que aponta para as 12h15 minutos de Portugal Continental.

O site tem mesmo um contador online para quem quiser assinalar o momento de forma correcta, e à hora que publicamos esta notícia já passaram mais de 2 horas desde o momento ideal.

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Konstantin Bikos explica que a Austrália, Nova Zelância e partes do sudoeste da Ásia, assim como a Antártida, não recebem luz do sol direta nesse momento, mas o editor do Time and Date recorreu aos números e cálculos combinados para perceber que apenas 80 milhões de pessoas não vão receber nenhuma luz solar direta ou indireta a essa hora.

Segundo os dados, 6,4 mil milhões terão mesmo sol direto, e 1,2 mil milhões vão estar no lusco fusco, no amanhecer ou entardecer.

O editor do site sublinha porém que uma percentagem significativa da população não vai perceber que ainda recebe a luz solar indireta e vai pensar que é noite. São cerca de 3% que caem na zona onde o entardecer é mais escuro, o crepúsculo astronómico, quando o Sol está 6 a 12 graus abaixo do horizonte, o que torna difícil perceber a olho nu a luz solar. Especialmente para está em zonas urbanas com forte iluminação artificial.

A data é também uma questão relevante, até porque não corresponde ao Solstício de Verão, o dia mais longo do ano, assinalado a 21 de junho. Mais uma vez a diferença está na forma como é percecionada a luz solar e a definição técnica das fases do crepúsculo.

"É interessante que enquanto mais pessoas estão no lado noturno da Terra às 11:11 UTC no solstício do que a 8 de julho, o número de pessoas que experimentam o crepúsculo civil - a fase mais clara do crepúsculo - é consideravelmente maior: 575,9 milhões de pessoas a 21 de junho e 548 milhões a 8 de julho", adianta Konstantin Bikos.

O momento perfeito já passou mas o editor do site lembra ainda que nesta altura as diferenças entre os dias são pequenas e que as 12h15 minutos podem continuar a ser assinaladas em Portugal Continental enquanto nos Estados Unidos começa a amanhecer e nas regiões do Este e Sudoeste da Ásia já está a começar a ficar de noite.

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