Desde 2018 que todas as missões da Rocket Lab tinham decorrido como planeado, mas em julho deste ano, o lançamento do Electron terminou em desastre, resultando na perda do foguetão e dos sete satélites que seguiam a bordo.

Um mês depois, a empresa voltava “à carga”, superando o falhanço e na sessão “Launch your rockets – learn to fail”, no Channel 4 do Web Summit 2020, Peter Beck, fundador da Rocket Lab, deu a conhecer mais sobre a história de superação.

Há sempre riscos quando se lança um foguetão para o Espaço e o responsável explicou que os incidentes são uma realidade. No caso da missão falhada com o Electron, uma pequena falha elétrica foi capaz de pôr em causa toda a operação.

Rocket Lab: lançamento do foguetão Electron termina em desastre
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Após o acidente, Peter Beck tinha reforçado que a empresa estava empenhada em aprender com os seus erros e assim foi. As equipas dedicaram-se a solucionar os problemas encontrados e, num espaço de semanas, a próxima missão já estava a ser planeada.

A indústria espacial não é “misericordiosa”, afirmou o fundador da Rocket Lab, por vezes, basta um pequeno erro para ditar o fim de uma empresa. Mas, para o responsável, a capacidade de superação é essencial, sublinhando que ficar a matutar o passado acaba por ter um impacto profundamente negativo no progresso.

Assim, “fail fast” (ou “falhar depressa” em português) assume-se como um dos motes da Rocket Lab. É certo que conseguir estabelecer-se no setor do Espaço não é uma tarefa fácil. Para além da competição entre empresas privadas, Peter Beck explicou que há todo um conjunto de questões fulcrais, desde a “batalha contra as leis da física” às barreiras regulatórias.

Rocket Lab recupera com sucesso foguetão e pretende reutilizá-lo no futuro
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Depois do sucesso da mais recente missão, em que foi possível recuperar com sucesso o foguetão Electron, quais são as ambições da Rocket Lab? Lembrando outro dos lemas da empresa (“Vamos para o Espaço para melhorar a vida na Terra”), Peter Beck dá a conhecer que uma ambiciosa missão a Vénus está “na calha” em 2023, onde o objetivo é ajudar os cientistas a perceber se há indícios de vida no planeta.

Mas não é tudo: em 2021, e em parceria com a NASA, a Rocket Lab vai lançar um satélite CubeSat para a órbita da Lua. A missão, realizada no âmbito do Programa Artemis, assume-se com um dos momentos-chave da preparação para a chegada de astronautas à Lua, incluindo a primeira mulher a pisar a superfície lunar, em 2024.

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