Carnegie Mellon Portugal já tinha divulgado a sua lista ontem mas só ao final do dia ficou a ser conhecido o grupo de todos os novos projetos de I&D que vão ser apoiados no âmbito da iniciativa Go Portugal, em co-promoção com empresas e envolvendo as parcerias com a Universidade de Austin, Carnegie Mellon e MIT. Ao todo os 25 projetos vão receber um financiamento de 55,2 milhões de euros para os próximos 3 anos, juntando investimento das universidades americanas, empresas e fundos europeus.

A iniciativa Go Portugal – Global Science and Technology Partnerships Portugal dá seguimento às parcerias estabelecidas com as três universidades norte americanas ainda em 2006 e os projetos são definidos de acordo com a área de especialidade de cada uma delas.

Segundo a informação partilhada, os projetos selecionados cobrem as áreas da Ciência de dados; Computação Avançada; Transformação Digital na Indústria; Cidades Sustentáveis; Interações Espaço-Terra no Atlântico, Alterações Climáticas, Física Médica e Nanomateriais. O Ministério da Ciência e Ensino Superior destaca que, na área das interações Espaço-Terra, os projetos aprovados são particularmente relevantes para o reforço do Centro Internacional de Investigação do Atlântico – AIR centre (Atlantic International Research Center) e a agenda “Atlantic Interactions”.

Os 25 projetos escolhidos no âmbito do Go Portugal envolvem 34 empresas e 27 entidades do Sistema Científico e Tecnológico Nacional, e as empresas nacionais ficaram com a liderança das redes e projetos colaborativos, sendo o objetivo modernizar o tecido económico e acelerar o processo de inovação em Portugal em parceria com investigadores da CMU, do MIT e da UTA.

Na parceria com a Universidade do Texas em Austin vão ser desenvolvidos 11 projetos, que recebem um financiamneto total de 21,9 milhões de euros, onde a universidade norte americana contribui com 7,8 milhões. As áreas dos projetos estão focadas no desenvolvimento de de novas tecnologias no domínio das indústrias automóvel e do espaço, da computação avançada e das aplicações à medicina e à biotecnologia.

Renovação de parcerias reforça aposta do Governo na inovação do país
Renovação de parcerias reforça aposta do Governo na inovação do país
Ver artigo

No caso da Universidade de Carnegie Mellon (CMU) foram aprovados 10 projetos de I&D, com um financiamento total de 21 milhões de euros, onde a universidade comparticipa com 6,2 milhões. Aqui o ênfase é dado às  áreas das Ciência e Engenharia de Dados, Inteligência Artificial e Aprendizagem Automática, Design e Engenharia aplicados a problemas Sociais e Mobilidade e Autonomia, respondendo a problemas nos sectores da saúde, prevenção de fogos florestais, gestão de dados, e tradução simultânea.

Na ligação ao Massachusetts Institute of Technology (MIT) só foram aprovados 4 projetos de I&D, e o financiamento total é de 12,2 milhões de euros, com a participação de 2,7 milhões pela universidade norte americana. O foco está nas áreas de Transformação Digital na Indústria Transformadora e Cidades Sustentáveis, incluindo redes de comunicação, envolvendo comunicações 5G e processos inovadores de transformação digital.

O financiamento dos projetos está previsto a três anos e dos 55,2 milhões de euros 16,7 milhões são assegurados pelas universidades norte americanas, enquanto 7,7 milhões são autofinanciamento empresarial. Há ainda cofinanciamento de fundos europeus, através do Programa COMPETE 2020 ( 11,5 M€), o PO Norte (4,3 M€), o PO Centro (2,5 M€), o PO Lisboa (5,3 M€), com uma contribuição adicional pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), de 7,2 milhões de euros.

As bases da parceria com as universidades norte americanas foram lançadas ainda em 2006 pelo ministro Mariano Gago, e a primeira a avançar foi a do MIT Portugal, com forte ligação a empresas portuguesas, mas seguiu-se a universidade de Carnegie Mellon e já em 2007 a Universidade de Austin, no Texas.  As parcerias têm vindo a ser renovadas ao longo dos anos e para além da cooperação em projetos com empresas e institutos de investigação também já acolheram mais de 1.500 alunos portugueses.