Chama-se POD – Point of Disruption e foi desenhado de raiz para ser um espaço imersivo de inovação e co criação de novas soluções da NTT Data, em ligação a parceiros e clientes. O espaço, localizado nos escritórios da consultora em Lisboa, no Saldanha, integra a rede de laboratórios da NTT Data mas tem uma “personalidade” própria, com um design e experiência pensados a nível local, numa criação que se estende a todos os pormenores do próprio mobiliário.
Logo à chegada os visitantes são recebidos por um grande ecrã com “gémeos digitais” criados com a ajuda de uma câmara que reproduz as figuras e movimentos. Um vídeo serve de apresentação para a forma como a empresa quer colocar a criatividade ao serviço do desenvolvimento da tecnologia, centrada na Inteligência Artificial mas também tocando áreas como a IoT (Internet of Things), Realidade extendida e Metaverso.
“É um espaço colaborativo onde podemos idear casos novos com clientes e parceiros”, explica Pedro Nogueira da Silva, Head of Digital Experience da NTT DATA Portugal, adiantando que se integra na aposta no investimento da empresa em inovação e desenvolvimento e é uma extensão do trabalho do dia a dia de consultadoria. Antes existia um espaço de inovação com um Digital Room mas o POD vem trazer uma capacidade de “entrar no futuro” mais avançada em termos de demonstração das soluções.
Apesar de estar ligado a uma rede de centros de inovação que a NTT Data tem em vários países, o nome de POD – Point of Disruption é exclusivo de Portugal e a visita imersiva foi criada com a equipa de design interna e a agência criativa nacional, desde o som aos vídeos e também o mobiliário, que reproduz os elementos do nome do centro de inovação. São elementos diferenciadores, que estimulam a entrada num espaço imersivo e desafiam a criatividade para pensar o futuro, mas o que interessa realmente são as soluções e casos de aplicação que já podem ser apresentados, e que foram desenvolvidos em Portugal e em outros países.
“Temos uma forte parceria com a Microsoft, que não é exclusiva, e vários casos de estudo desenvolvidos em Portugal e noutros laboratórios de inovação da NTT Data”, destaca Pedro Nogueira da Silva.
O grupo de IA Generativa é um dos que tem mais expressão no POD, materializando uma necessidade de desenvolvimento de novos casos que tem sido estimulada também pelo mercado, mas a área de Computação espacial (Spacial Computing) com realidade aumentada, virtual e mista, está também representada, assim como a Internet das Coisas e o seu potencial para as várias áreas de negócio.
“O POD não é um museu, vai-se adaptando às necessidades e recebendo exemplos de casos novos que estão a ser desenvolvidos pelas equipas”, explica Bruno Figueiredo, Chief Architect, da NTT Data Portugal durante a visita. Desde que foi inaugurado, em junho, o espaço tem sido muito procurado para visitas de clientes de todas as áreas da economia, e a agenda está cheia para as próximas semana.
Para já os visitantes têm mais de uma dezena de casos que podem ver a funcionar, alguns dos quais foram desenvolvidos em Portugal, como é o caso da EVA, um humano digital que tem uma representação física e pode responder a questões em português de Portugal, interagindo com o visitante num placar e que tem um potencial na transformação do atendimento ao cliente. Mas também pode ser usado em browser, na web, e a transição de canal é fácil e não implica muitas mudanças, como destaca Bruno Figueiredo. Esta é uma das áreas que está a evoluir mais com os avanços da IA generativa e é muito procurada pelos clientes que analisam soluções e casos de aplicação da tecnologia nos seus negócios.
Com a ajuda de uma mesa interativa podem ser selecionados outros casos de implementação das várias tecnologias. Na área de Computer Vision a NTT Data mostra também uma solução onde a análise de vídeo permite identificar a utilização de equipamentos de proteção individual numa fábrica ou armazém, ou fazer a contagem de pessoas, orientando também percursos. A utilização de Computer Vision aliada a um sistema de Inteligência Artificial foi também demonstrada com uma solução onde o reconhecimento de objetos permitia identificar peças de automóvel num catálogo, uma prova de conceito desenvolvida pela empresa.
Na área de Realidade Virtual e Mista são mais os temas de formação e assistência remota que estão a ser desenvolvidos, e no POD é possível experimentar uma visita virtual a uma turbina eólica, usada no treino dos colaboradores. A equipa da NTT Data está também a desenvolver um espaço no Metaverso para uma grande instituição, e na área também foram já criados alguns cenários possíveis de implementação.
“Queremos abrir novos horizontes com o POD e trazer novas ideias”, destaca Pedro Nogueira da Silva, adiantando que aqui os clientes e parceiros são desafiados a olhar para estas tecnologias e o potencial de aplicação ao seu negócio.
Sem revelar o nome dos clientes para quem foram desenvolvidas as soluções, ou os que já visitaram o espaço do POD, fonte da NTT Data Portugal sublinha que aqui também se mostram as áreas de conhecimento da empresa e possibilita uma experimentação que antes só era possível com visitas a outros centros de inovação.
Em relação ao investimento realizado, a mesma onte diz que esta é mais uma aposta no nas pessoas e no talento, com uma equipa dedicada, e que os valores não são relevantes na estratégia de inovação da empresa. “Temos 1700 pessoas em Portugal e todas podem ser envolvidas no desenvolvimento das soluções do POD”, adianta, explicando que a participação nestes projetos inovadores é também uma motivação adicional para os colaboradores.
Nota da redação: Foi feita uma alteração nos últimos dois parágrafos. Última alteração 15h23
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