Um relatório publicado recentemente indica que os smartphones da Apple estão a funcionar cada vez pior. De acordo com o "Estado do Desempenho e da Saúde dos Dispositivos Móveis", referente ao primeiro trimestre do ano, os problemas registados nos iPhones estão a agudizar-se com o tempo e até aqueles que não davam sinais de qualquer falha, estão agora a dar dores de cabeça aos seus utilizadores.
No final de 2016, a taxa de erro do iPhone 6 já apresentava valores acima do normal, chegando aos 15% e ultrapassando todos os outros modelos lançados desde o 4s. A chegada do iPhone 7 às lojas, no entanto, acabou por apaziguar a tendência uma vez que, nesta última geração, registava-se uma taxa de erro de apenas 3%. O passar do tempo, contudo, fez com que o número aumentasse, chegando, por esta altura, aos 10%, no caso do 7, e aos 11%, no caso do 7 Plus.
Segundo escreve a Blancco, tecnológica responsável pelo documento, a razão principal para o aumento do número, que é um fenómeno transversal a toda a gama da marca, está relacionado com uma tendência ascendente no mercado dos smartphones. De acordo com a empresa, o crescimento da quota de mercado da Apple está, em consequência, a provocar uma quebra no controlo de qualidade dos seus equipamentos.
Embora esteja também a registar um aumento na sua taxa de erro, o Android fica ainda abaixo da concorrente. No geral, o relatório indica que o sistema operativo apresenta uma taxa de erro na ordem dos 50%, a nível global, menos do que o alcançado pelos telefones da Apple (68%).
Neste caso, a Samsung é a maior responsável pela dimensão deste número. Os topos de gama Galaxy S7 e S7 Edge lideram a lista e a Blancco avança que 8 em cada 10 dos aparelhos onde foram identificadas falhas no desempenho, eram da tecnológica sul-coreana.
Esta realidade entre os dois OS fica também reproduzida no domínio das aplicações. Entre janeiro, fevereiro e março, as análises conduzidas ao desempenho de várias apps em ambos os sistemas determinou que estas iam mais vezes abaixo no iOS. A estabilidade do sistema da Apple ronda agora os 50%, ao passo que o Android fica-se pelos 18%.
A par da instabilidade das aplicações, o documento avança que o sobreaquecimento dos aparelhos é um dos problemas mais recorrentes nos smartphones da marca da maçã. Falhas no GPS e na rede móvel começaram também a tornar-se substanciais aquando do lançamento das atualizações 10.2.1 e 10.3 do iOS.
No caso do Android, têm-se registado cada vez mais anomalias no funcionamento das câmaras e baixa intensidade no sinal de rede.
Em suma, a estabilidade do Android sobrepõem-se agora à do iOS, figurando como um ecossistema de trabalho mais fiável para os programadores que terão de lidar com menos problemas se decidirem criar aplicações para a Play Store.
Por outro lado, como aponta ainda o mesmo relatório, cerca de 92% dos utilizadores de iPhone que estão a considerar atualizar o seu equipamento nos próximos 12 meses, admitem manter-se fiéis à marca.
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