A Samsung está a ser acusada de fazer publicidade enganosa na Austrália. A autoridade local que monitoriza as boas práticas da concorrência comercial e os direitos dos consumidores anunciou esta quinta-feira, dia 4 de julho, que vai levar a tecnológica sul-coreana a tribunal por esta iludir os consumidores com promessas falsas acerca da resistência à água dos seus smartphones.

Desde 2016, altura em que lançou o Galaxy S7, que a maioria dos equipamentos da marca é certificada com um selo IP68, que garante a resistência à água e ao pó. Na teoria, isto significa que o telefone pode ser submergido em 1,5 metros de água, durante 30 minutos, sem sofrer qualquer sequela.

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Segundo a ACCC (Australian Competition & Consumer Commission), a Samsung exagerou na comunicação destas características, uma vez que transmitiu a mensagem de que os equipamentos poderiam ser utilizados em piscinas e praias sem qualquer preocupação. A autoridade adianta que a tecnológica não testou os seus produtos o suficiente para entender como a água os pode afetar ao longo do seu ciclo de vida. Por último, é ainda dito que a empresa negou a ativação da garantia a alguns consumidores que alegaram ter tido o seu equipamento estragado por efeito da água.

A ACCC reviu mais de 300 anúncios para compor o caso. A Reuters escreve que, se for considerada culpada, a gigante sul-coreana poderá ser obrigada a desembolsar mais de 7 milhões de dólares por cada promoção lançada com promessas falsas.

Galaxy S10e, S10, S10 Plus, S9, S9 Plus, S8, S8 Plus, S7, S7 Edge, Note 9, Note 8, Note 7, A8, A7 e A5 são os modelos mencionados na ação judicial.

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Note que apesar do certificado IP68 e dos anúncios aquáticos da Samsung, a empresa escreve também na página oficial do S10 que o telefone não deve ser utilizado na piscina ou na praia. Contudo, a empresa já anunciou que vai disputar a acusação em tribunal e anunciou que se mantém uma firme defensora dos anúncios utilizados para promover a resistância à água destes modelos.