A pandemia de COVID-19 reforçou a importância de equipamentos, como smartphones, que permitem manter a comunicação à distância e navegar pela Internet para aceder a informação essencial acerca da crise de saúde pública, afirmando-se também como úteis ferramentas no contexto do trabalho ou ensino à distância. Porém, são muitas as pessoas um pouco por todo o mundo que não têm a possibilidade de comprar um smartphone devido ao elevado custo dos dispositivos.
Uma nova análise levada a cabo pela Alliance for Affordable Internet (A4AI), onde foram comparados dados de 187 países, revela que o preço médio global de um novo smartphone ronda os 104 dólares: o equivalente a 26% de um salário médio mensal. A A4AI detalha que existem diferenças significativas entre países e regiões, verificando que, em certos casos, os consumidores têm de gastar muito mais do que o preço médio global.
Por exemplo, na Ásia Meridional e na África Subsariana, é necessário gastar mais de 40% de um salário médio mensal para comprar um smartphone. A análise indica que no conjunto de países com um nível de desenvolvimento mais baixo a percentagem sobe para 53%.
Por contraste, na América do Norte, o preço médio de um novo smartphone é equivalente a 2% de um salário médio mensal. Já na América Latina e Caraíbas, o valor é equivalente a 14% do salário. Na Europa e Ásia Central, o valor aproxima-se mais da média global, situando-se nos 24%.
Olhando para o smartphone mais barato disponível nos mercados em análise, os dados dão a conhecer que existem disparidades profundas entre países e há muitos casos onde certos locais que só oferecem uma seleção limitada de marcas e dispositivos topo-de-gama.
No caso do Azerbaijão, o smartphone mais “barato” é um iPhone 12 mini, que acaba por custar três vezes mais do que o salário médio mensal do país. Do outro lado do espetro encontram-se países como o Reino Unido, Irlanda, onde os equipamentos mais baratos são de marcas como a Alcatel.
Apesar das diferenças entre ofertas de produtos entre mercados, certas marcas de smartphones são mais conhecidas entre os consumidores por terem preços mais “em conta”. De acordo com os dados recolhidos, destacam-se a Alcatel e a Samsung. Para lá de marcas comerciais, incluem-se aqui os smartphones vendidos sob o nome de operadoras como Orange, Digicel ou Vodafone.
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