No segundo trimestre deste ano, a IDC apurou que foram vendidos 43,7 milhões de unidades de dispositivos eletrónicos para usar no pulso, como relógios ou braceletes/bandas de pulso. Este não é um mercado em ascensão. Face ao mesmo trimestre do ano passado, se não fossem os chineses as vendas deste tipo de equipamentos tinham mesmo descido.

A China é no entanto, um mercado onde os gadgets de pulso parecem estar na moda e onde no período foram vendidas 15,5 milhões de unidades destes equipamentos, num crescimento de 10,9%.

Os números globais, refletem que a grande fatia de dispositivos, nos 43,7 milhões de equipamentos vendidos, são relógios inteligentes - 34,7 milhões - e também mostram que nesse segmento foram comercializadas mais 3,2% unidades do que há um ano. Na China a venda de smartwatches aumentou 18,7% entre abril e junho para 11,1 milhões de unidades.

No mesmo período foram vendidas 9 milhões de bandas de pulso em todo o mundo, mais 10,6% do que no segundo trimestre de 2024, com quase metade das unidades vendidas (4,4 milhões) a serem comercializadas na China, onde o segmento cresceu 4,8%.

Por fabricantes, também são os chineses que mais estão a conseguir dinamizar e retirar vantagem deste segmento, com destaque para a Huawei, que começou o ano a lançar novas bandas e relógios inteligentes e tem vindo agora a recolher os louros dessa aposta.

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No trimestre em análise a fabricante chinesa conseguiu aumentar as vendas de dispositivos de pulso em 55,1% face ao mesmo período do ano passado, impulsionada pela boa performance não apenas no seu mercado local (que a Huawei lidera desde 2021), mas também no Médio Oriente, em África, América Latina, Europa Central e Ociental.

A Xiaomi na primeira metade do ano não lançou novas bandas de pulso, mas em compensação conseguiu consolidar vendas dos relógios inteligentes mais recentes na sua oferta, para as diferentes gamas do mercado. A IDC destaca dois modelos na linha Redmi para o segmento de entrada, a boa performance do S3 no segmento médio e do Watch 2 na linha de topo.

Apple e Samsung só aparecem nas posições seguintes do ranking da IDC, respetivamente em terceiro e quarto lugar, como mostra a tabela. Embora continue a liderar nas vendas mundiais de relógios inteligentes, a Apple não conseguiu segurar a tímida vantagem que tinha em relação à Huawei há um ano, em termos de quota mundial, aparentemente devido ao impacto do abrandamento da economia global. No final de junho, a empresa da maçã controlava 13% das vendas mundiais de dispositivos eletrónicos de pulso e a Huawei mais de 20%. A Samsung, mesmo longe dos lugares cimeiros do mercado, conseguiu aumentar em 28% a sua quota neste mercado durante o último ano. A contribuir para isso estará essencialmente o sucesso da banda de pulso Galaxy Fit 3 em mercados emergentes.