A morte de George Floyd às mãos da polícia em Minneapolis, no final de maio, gerou uma onda de contestação online e nas ruas de cidades norte-americanas e as gigantes tecnológicas não têm ficado indiferentes. Desta vez, a Apple, Google e Amazon treinaram as suas assistentes virtuais para responder a questões sobre o movimento que se tem virado viral “Black Lives Matter”, demonstrado a visão das empresas em relação ao racismo.

Na sua conta de Twitter, o blogger na área do desporto David Gardner publicou um vídeo onde pergunta ao Google Home: "A vida das pessoas negras importam?" A resposta é afirmativa e representa a posição da gigante tecnológica: "Os negros merecem as mesmas liberdades concedidas a todos neste país e reconhecer a injustiça que enfrentam é o primeiro passo para consertar o problema."

"Todas as vidas importam?" é a pergunta seguinte colocada por David Gardner. Neste caso, o assistente da Google refere que dizer que "Black Lives Matter" não significa que isso não se aplica a todas as vidas. "Isso significa que as vidas dos negros se encontram em risco de outras formas".

A Siri, da Apple, dá uma resposta semelhante quando confrontada com a pergunta "Todas as vidas são importantes? "A expressão ´All Lives Matter` é frequentemente utilizada em resposta à frase `Black Lives Matter`, mas não representa as mesmas preocupações" é a resposta da assistente virtual.

No que diz respeito à questão "As vidas das pessoas negras importam?" a resposta da Siri é simples. "Sim, Black Lives Matter", linkando para o site do movimento Black Lives Matter.

Outro tweet dá conta que também a Amazon atualizou a assistente virtual. No entanto, a Alexa dá a mesma resposta a qualquer pergunta: "Black Lives Matter. Penso que as pessoas merecem ser tratadas com justiça, dignidade e respeito".

A atualização das assistentes virtuais representa apenas uma parte da resposta à morte de George Floyd. Mensagens de apoio, suspensão de serviços e doações são alguns dos exemplos praticados.

Veja na fotogaleria alguns exemplos.

A verdade é que, apesar desta atualização dos assistentes virtuais por parte das gigantes tecnológicas, os sistemas de reconhecimento de voz revelaram-se mais racistas do que se pensava. A conclusão surge num estudo que garante que a tecnologia não está preparada para identificar corretamente o que indivíduos de diferentes raças dizem e a culpa reside na forma como são treinados. Também não é novidade que as principais soluções de reconhecimento facial são eficazes a identificar imagens de indivíduos de pele branca, mas têm uma grande margem de erro quando o tom se torna mais escuro.

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