A Huawei continua a desenvolver o seu ecossistema de Huawei Mobile Services, e ainda na semana passada anunciou novidades em várias áreas e novos kits de desenvolvimento que permitem aos developers acelerar a migração das suas aplicações e tirar mais partido das funcionalidades do hardware.

“No desenvolvimento do nosso ecossistema combinamos hardware e software mas juntamos também uma peça no negócio do futuro, a parceria com developers ou parceiros e a integração das suas soluções”, explicou Tiago Flores, responsável pela área de consumo da Huawei. A marca já tem “a bordo” da sua loja de aplicações 80% das 3500 top apps no mundo, e a aposta é continuar a trabalhar, numa lógica local, com os parceiros e gestores de aplicações para os ajudar a migrar para os Huawei Mobile Services (HMS) mas também para que possam tirar mais partido dos kits de desenvolvimento e desenvolver uma experiência mais avançada para o utilizador.

As áreas de HiAI, o kit de câmara e o CaaS, para as videochamadas, fazem parte da aposta, onde as sinergias multi device garantem uma experiência sem interrupções, pegando no ponto em que estava numa determinada aplicação e mudando de forma fácil entre o smartphone, aparelhos de áudio e em breve o rádio do carro, explicou Tiago Flores.

“Em 5 a 6 anos vamos ter 6 ou 7 equipamentos por utilizador e o desafio é como dar a melhor experiência e ter tudo ligado entre si, numa experiência inteligente”, sublinha, referindo alguns exemplos como a aplicação de selfies sweetselfie e a app de localização Confortdelgro que já trabalham com os kits HMS.

Em Portugal a Huawei está a trabalhar com vários parceiros e ontem trouxe várias experiências para uma apresentação na sua sede, em Lisboa, convidando as empresas a partilharem o que tem sido feito. Eduardo Carqueja, CEO da MyTuner, explicou que há muito tempo que a sua empresa fala em transformar esta experiência e mudança, de forma prática, e a Huawei é a primeira marca a aplicar isso, de mudar facilmente de uns equipamentos para outros, porque é irritante ter de refazer tudo quando muda do telemóvel para o carro ou uma coluna áudio. “A nossa ideia é cada vez mais a aplicação [MyTuner] ser ubíqua”, justifica.

A entrada da Huawei no cenário das plataformas móveis é bem vinda para a AppGeneration que está há 10 anos no mercado e que tem como principal produto a MyTuner, com mais de 100 milhões de downloads em todo o mundo. “Conhecemos muito bem os ecossistemas da Google e Apple e entrámos há pouco tempo novo ecossistema da Huawei e vemos uma série de diferenças”, afirma, salientando o facto de ser um terceiro ecossistema e do ponto de vista da democratização e o trabalho muito próximo com as equipas locais, ao contrários do Android e iOS que tem apoio mas mais longínquo.

“O que nos admirou é que Huawei estava a lançar uma brutalidade de sistemas em simultâneo, em alguns casos ultrapassando a Google {…] é uma vastidão de sistemas, vê-se que está nisto a sério”, defende Eduardo Carqueja, CEO da MyTuner.

Do lado das aplicações financeiras a Huawei está a trabalhar também com vários parceiros na integração, e Vitor Martins, diretor da Dabox, explicou a visão da aplicação da Caixa Geral de Depósitos que “teve a ousadia de pensar uma app de fora para dentro por acreditar que era possível alavancar o open banking”, afirmou durante a sua intervenção.

“A Caixa é líder em banca digital, com 1,7 milhões de clientes de homebanking com contas  ativas e mais de 1 milhão de utilizadores da app de forma regular”, mas o objetivo é ir mais além do open banking, e num futuro muito próximo agregar contas carão, cartões refeição e beyond banking. “Olhamos para a Huawei como mais uma oportunidade que estamos disponíveis a explorar”, afirma.

Paulo Lima, project manager do Millennium BCP trouxe também a experiência do banco na integração com a plataforma Huawei, explicando que o banco tem várias apps e que a experiência foi simples, já que a loja é fácil de utilizar e as ferramentas são semelhantes às da Google e Apple.

Para os CTT esta foi também uma experiência positiva, num ano em que os correios estão a fazer a transformação do negócio e da marca e uma maior aposta no digital, com novas iniciativas que quer incorporar na aplicação. “Acho que temos muito a ganhar com estes kits e estas features para que a nossa app seja renovada no que fornecemos aos clientes”, afirmou Luzia Lampreia, Digital Project Manager dos CTT.

Mais desenvolvimentos na experiência do HMS

Tiago Flores sublinhou que estes são alguns exemplos, a par do que está a ser desenvolvido a nível internacional, e que a lógica de oferecer uma experiência integrada vai continuar a ser explorada, e que até final do ano a Huawei vai integrar características únicas para melhorar a experiência de browser nos smartphones com o Petal Search.

Este ano as ferramentas abertas do HMS Core 5.0 aumentaram de 14 Kits para 56 Kits, enquanto o número de APIs passou de 885 para 12.981 abrangendo sete áreas principais. A Huawei já partilhou os principais serviços de software, como browsing, search, map, payment e advertising kits para desenvolvimento de aplicações. Também no hardware o acesso a ferramentas da câmara, comunicação e privacidade e proteção de segurança são acessíveis aos developers.

"Temos trabalhado arduamente para melhorar a Huawei AppGallery a nível local e internacional"
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Para além das equipas locais, a Huawei está focada em ajudar os programadores a explorar oportunidades de negócios na China e noutros mercados globais, fornecendo serviços relevantes de consultoria, localização e integração e marketing. A empresa está a construir três laboratórios de cooperação de ecossistema global na Rússia, Polónia e Alemanha para responder às necessidades de programadores globais e fornecer serviços de formação, teste e certificação. Cinco centros globais de serviços para programadores também serão criados na Roménia, Malásia, Egito, México e Rússia, fornecendo serviços e plataformas locais para ajudar os programadores a crescer e inovar.

Número 2 em smartphones em Portugal

Apesar da guerra comercial nos Estados Unidos a Huawei conseguiu manter bons resultados e um crescimento de 40% em entregas globais de smartphones. Com 64,2 mil milhões de dólares de receitas e um crescimento de 13,1% face ao ano anterior, a marca conseguiu ser líder de mercado no segundo trimestre, com 20,1% de quota, num crescimento significativo face aos 11% registados em 2018, como lembrou Shen Yun, director geral de consumo da Huawei Portugal, numa apresentação à imprensa portuguesa.

Huawei  estratégia 1+8+N
créditos: SAPO TEK

Em Portugal os números também são positivos e em smartphones a Huawei mantém a segunda posição, com 27% do mercado, mas com crescimentos também noutras áreas de produtos, como os PCs onde colocou 2 modelos no top 10 em 3 meses, ou os tablets, com um aumento de vendas acima dos 50%. Os wearables também se destacam com uma subida de 250% nas vendas e a Huawei acaba de lançar novos relógios inteligentes e auriculares, com o Huawei Watch Fit a chegar esta semana às lojas.

“Investimos de forma constante na experiência do utilizador”, afirmou Shen Yun, referindo que a lealdade à marca é potenciada pela satisfação dos clientes com os equipamentos.

A Huawei anunciou na semana passada novos modelos de wearables com o Huawei Watch Fit, que já estão à venda, e o Watcg GT 2 Pro, que chega às lojas em outubro. A empresa reforçou também a sua gama de auriculares com os Huawei FreeBuds Pro que estreiam o cancelamento de ruído dinâmico inteligente. Esta tecnologia pode ser explorada no dia a dia mas também numa nova experiência que a Huawei demonstrou ontem, as Sonica Escapes, que oferecem acesso a paisagens sonoras bineurais de várias partes do mundo. A experiência pode ser acedida através do site www.sonic-escapes.com ou da app Huawei Music.

Huawei  estratégia 1+8+N
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