A empresa divulgou um artigo no seu site onde confirma que os seus colaboradores receberam uma mensagem de correio eletrónico, no domingo, no qual se afirma que o grupo afirma "não recomendar a instalação do TikTok em aparelhos da empresa BBC, salvo razão profissional justificada".

Fez ainda uma citação da mensagem dirigida: "Se não tem necessidade do TikTok por motivos profissionais, deve suprimi-lo". Ainda assim refere que os funcionários são livres de a utilizar em equipamentos pessoais.

Estas orientações seguem-se às proibições da aplicação de origem chinesa em aparelhos governamentais ou oficiais do Reino Unido, uma decisão anunciada este mês, na mesma linha do que os Estados Unidos e a Comissão Europeia tinham feito. Também o Canadá, Nova Zelândia e Bélgica já seguiram as mesmas orientações.

O TikTok, que é controlado pela chinesa ByteDance, está a ser objeto de uma vigilância crescente por parte dos ocidentais, por receio de Pequim poder aceder à informação dos utilizadores em todo o mundo. A aplicação conta com 3,5 mil milhões de utilizadores em todo o mundo e já lidera no tempo ocupado entre as redes sociais.

Reino Unido segue União Europeia e Estados Unidos e proíbe instalação do TikTok em equipamentos do governo
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A BBC News tem uma conta na rede social de vídeos curtos com 1,2 milhões de seguidores e recrutou jornalistas especificamente para criarem conteúdos para o TikTok. Há ainda uma outra conta da rede de TV que partilha clips de programas da BBC e que tem mais de quatro milhões de seguidores.

Em novembro, o TikTok reconheceu que alguns empregados em Pequim poderiam aceder à informação sobre os utilizadores europeus e, em dezembro, admitiu mesmo que empregados tinham utilizado estes dados para espiar jornalistas.

Mesmo assim o grupo nega fortemente que o governo chinês controle ou tenha acesso aos seus dados e está a fazer um esforço para abrir novos centros de dados na Europa. O TikTok já contava com um centro de dados em Dublin e, agora, vai abrir um novo na cidade irlandesa, assim como um em Hamar, na Noruega. Os dados dos utilizadores europeus já começaram a ser armazenados na Irlanda e a empresa pretende continuar este trabalho ao longo de 2023 e 2024.