A Google Wallet passou a recorrer à inteligência artificial para guardar versões digitais de (quase) todos os tipos de documentos pessoais na secção “Tudo o Resto”.  A partir de agora, os utilizadores podem adicionar facilmente itens como bilhetes para eventos ou cartões de seguros mediante uma fotografia convertida por IA. A app da Google classifica automaticamente os dados que, consoante o nível de sensibilidade, podem ser guardados com opções adicionais de segurança. Esta funcionalidade ainda não chegou a Portugal.

Além de guardar versões digitais de cartões e bilhetes que incluem códigos de barras ou QR Codes, como já era anteriormente possível, a nova funcionalidade guarda também outros documentos, mesmo que apenas contenham texto. A Google introduziu agora essa inovação, após o anúncio, pela primeira vez, durante a I/O conference, em maio.

No menu “adicionar à carteira”, a funcionalidade substitui a anterior opção “fotografia” que permitia criar uma versão mais simples de um documento, apresentando apenas um código de barras ou um código QR. Basta captar uma fotografia do documento para criar uma cópia digital na aplicação. Podem ser bilhetes para concertos, cartões de biblioteca, comprovativos do seguro automóvel, passes de ginásio, entre outros. Antes de deitar fora o original, é importante certificar-se de que a versão digital é aceite pela entidade emissora.

Os itens são depois distribuídos pela IA em várias categorias, incluindo bilhetes para eventos (concertos, teatro, desporto), cartões de crédito, cartões de saúde, cartões de embarque, cartões de estudantes, cartões de visita, chaves de hotel entre outras.

A funcionalidade de adição de itens por meio de foto foi descoberta pela 9to5Google que refere que está apenas disponível nos Estados Unidos. O modo de funcionamento é o seguinte: quando escolhe “Tudo o resto”, a aplicação pede autorização para processar as informações confidenciais utilizando a IA da Google e organiza-as de acordo com categorias, tendo o cuidado de identificar dados sensíveis classificados como “Private Pass”. Após o processamento, os utilizadores podem ajustar quaisquer detalhes ou categorias que não pareçam corretos e aprovar o novo “passe digital”.

A Google já publicou as instruções para a utilização da funcionalidade, que deverá ser disponibilizada gradualmente para os diferentes dispositivos. O Galaxy Note 20 é um dos dispositivos onde já é possível utilizar a funcionalidade, avança o The Verge.